A Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunicou o homem suspeito de importunar sexualmente adolescentes no restaurante 33 Steakhouse, no Salvador Shopping, em Salvador. A denúncia foi oferecida à Justiça na terça-feira (21), pelo crime previsto no artigo 215-A (importunação sexual) do Código Penal.
O processo segue em sigilo e, por isso, o MP não pode divulgar mais informações.
Leia mais:
Pedro Miguel de Oliveira Silva, de 59 anos, foi indicado pela Polícia Civil, após conclusão do inquérito, pelo crime e também por injúria e oferecimento de bebida alcoólica a menor de idade, previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
Entenda o caso
No dia 3 de março, clientes do restaurante 33 Steakhouse, localizado no Salvador Shopping, presenciaram o momento e a ação foi gravada pelas vítimas. Uma das adolescentes afirmou que o homem, que teria se apresentado como sócio do local, teria oferecido bebida alcóolica para elas e as convidado para um passeio.
A denúncia foi feita pela irmã mais velha de uma das garotas, que disse que o homem teria sentado à mesa das meninas e oferecido bebida alcoólica para elas, além de convidar o grupo para fazer um passeio de lancha. A situação aconteceu na noite da última sexta-feira (3) e foi compartilhada pela mulher, que é advogada, nas redes sociais.
Além de fazer um vídeo contando o problema, Judith Cerqueira também publicou um texto sobre o caso. No relato, a advogada conta que foi surpreendida por uma ligação da irmã pedindo a ajuda dela, e que, chegou a ir ao restaurante. Chegando lá, teria confrontado o empresário, que negou ter conhecimento da idade das adolescentes para ela, mas teria dito anteriormente para as meninas que “não tinha problema ele gostar de menores de idade".
"Eu, como toda irmã mais velha faria, me dirigi até o local e fechei uma briga com este sujeito, na frente de todos do restaurante. Ele por diversas vezes deu as costas fingindo que não era com ele, e tentou me fazer de doida. Repeti gritando tudo que ele disse para as meninas, para todos verem", escreveu.
Judith contou ainda que, depois da situação, ela procurou a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente, onde o caso foi registrado. "A sensação de impunidade que ele teve ao fazer isso em um local público é perturbadora, isso porque ninguém nunca deve ter peitado este sujeito antes. Mas, para seu azar, eu sou a irmã de uma das meninas alvo de suas palavras e condutas repugnantes, e vou até o fim com todas as medidas".
Uma das adolescentes foi encontrada morta na quarta-feira (15) na parte externa do prédio em que ela morava. A Polícia Civil informou que expidiu guias para perícia.
