Mulher atropelada em ponto continua na UTI, mas apresenta melhora

Segundo o boletim, Maria Emília permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, mas com sinais de melhoria e progresso na "condição hermodinâmica". Ela continua em coma induzido e com suporte ventilatório, sem previsão de alta.Os bandidos em fuga invadiram um ponto de ônibus e atropelaram três pessoas. Antônio Salomão, natural de Feira de Santana, e Jairo Fernandes, natural de Aramari, estavam no ponto quando foram atingidos pelo carro. Eles não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Com o impacto da batida, tiveram as pernas decepadas.Morador do bairro de São Cristóvão, Antônio era padeiro e estava indo trabalhar em um hotel no bairro de Ondina. Segundo o irmão da vítima, Cosme Oliveira de Carvalho, 52, Antônio tinha quatro filhos. “Ele estava indo trabalhar e sempre fazia esse trajeto. Creio que desceu neste ponto para pegar outro ônibus e chegar mais rápido. É uma tristeza receber essa notícia”.

(Foto: Reprodução/Facebook)

A terceira vítima, Maria Emília, foi atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Hospital da Bahia, na Pituba, por um helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar.O bando vinha praticando assaltos na orla e seguia sentido Rio Vermelho, quando ocorreu o acidente, por volta de 13h30, em frente ao antigo clube do Vitória. Antes, roubaram pedestres e uma loja de informática em Itapuã e clientes de um restaurante na Boca do Rio.Os assaltantes estavam em um Corsa Classic branco. Segundo informações da Polícia Civil, o veículo possuía placa adulterada e havia sido roubado no dia 26 de novembro do ano passado, no bairro Cidade Nova, em Feira de Santana.Assaltos Dono da loja de informática em Itapuã, Leandro Pacheco, 39, contou que os criminosos entraram na loja anunciando o assalto, no início da tarde. O bando levou um notebook, dois celulares, um monitor de 24 polegadas e outros itens da vitrine da loja. “Dois deles, um que aparentava ter no máximo 17 anos, desceram do carro e anunciaram o assalto. Um ficou dentro do veículo. Eles estavam armados e xingavam muito”, lembrou. Já na Boca do Rio, os criminosos invadiram o restaurante Brasa e Mar. De acordo com o comerciante Ezequiel Santana, 40, dois homens entraram no local se passando por clientes e, logo em seguida, anunciaram o assalto. “Eles recolheram os pertences de todo mundo que estava no restaurante. Levaram todos os meus documentos, cartões e celular”, relatou a vítima. Segundo ele, pelo menos dez pessoas estavam no restaurante.

PMs isolam ponto de ônibus destruído; vítimas aguardavam em parada próximo ao antigo clube do Vitória (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)

Durante o assalto, ainda segundo Ezequiel, os assaltantes agrediram verbalmente os clientes do restaurante. “Não agrediram fisicamente, mas xingaram muito. Um deles ainda me chamou de safado enquanto pegava minha carteira”, disse.Após a saída dos bandidos do restaurante, funcionários do local abordaram duas viaturas da PM que passavam na região e comunicaram o roubo, informando as características do carro. Segundo a polícia, após o acidente, dois dos bandidos pularam o muro do antigo clube do Vitória. O terceiro assaltante ainda voltou ao carro para buscar as armas.Na fuga, de acordo com um policial militar, o bandido efetuou um disparo. Dentro do carro, a polícia encontrou os pertences das vítimas, além de uma arma carregada com cinco munições. O caso é apurado pela titular da 9ª Delegacia (Boca do Rio), delegada Rogéria Araújo. Em entrevista à TV Bahia, Rogéria disse que imagens da ação dos bandidos estão sendo analisadas.Fardas roubadas Segundo informações da assessoria da Polícia Civil, após o acidente na orla, os três assaltantes, que permanecem não identificados, renderam na Boca do Rio, funcionários que prestavam serviço para a empresa de telefonia Oi.Os assaltantes pararam o carro da empresa e obrigaram os funcionários a entregar as fardas e conduzi-los, em fuga, pela Avenida Paralela. Ainda disfarçados, os bandidos seguiram para Avenida Bonocô, por onde escaparam.