Ônibus de 18 empresas podem parar se não houver acordo com Transalvador, diz sindicato

O impasse entre rodoviários e a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador) continua. O sindicato da categoria e o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho, estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (19) para discutir o suposto excesso de multas aplicadas pelo órgão aos rodoviários, que tem os valores descontados do salário pelas empresas de ônibus. Mas, de acordo com Hélio Ferreira, diretor financeiro do sindicato, nenhuma solução foi apresentada pelo superintendente e novas reuniões foram marcadas. Na sexta-feira (23), os rodoviários se reúnem com os fiscais da Transalvador. Já na próxima terça-feira (27), a categoria se reúne com representantes do Sindicado das Empresas de Transportes Públicos do Estado da Bahia (Seteps) e da Transalvador. Na semana passada, os rodoviários fizeram manifestações pela cidade. Em um tipo de operação tartaruga, os motoristas dos ônibus seguiram apenas pela faixa da direita, em fila, parando em todos os pontos e causando congestionamentos. Ainda segundo Hélio Ferreira, não há manifestação prevista para esta semana. “Vamos dar uma trégua até a próxima reunião. Se na sexta não tiver solução, vamos parar as 18 empresas nas garagens de madrugada. Mas vamos avisar com antecedência para que a população não saia de casa”, diz o diretor financeiro. 50 mil multasPor dia, só este ano, 210 ônibus foram multados, em média, na capital baiana. A maioria é multada por excesso de velocidade e invasão de sinal vermelho - foram 50.426 entre janeiro e agosto deste ano, segundo a Transalvador. Mas, também são multados por não parar nos pontos ou por estacionar de forma irregular. As multas são descontadas pelas empresas de transporte dos salários dos motoristas.