A Polícia Federal faz nesta quinta-feira (19) em todos os aeroportos do país a operação-padrão para denunciar as condições de trabalho e a falta de agentes para integrar equipes que fazem o controle de estrangeiros e outras atividades nesses locais. Em Salvador, a operação será realizada entre 19h30 e 22h, no Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães. A ação é uma iniciativa da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), com o apoio dos sindicatos regionais. Segundo informações de Rejane Peres Teixeira, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado da Bahia (Sindipol-BA), no aeroporto de Salvador, além das equipes reduzidas, algumas atividades - que são de competência dos agentes federais - estão sendo feitas por trabalhadores terceirizados que deveriam atuar apenas como recepcionistas. Segundo Rejane Peres, os terceirizados deveriam encaminhar os passageiros, conduzir algumas atividades para os agentes, mas, ao invés disso, eles ocupam os guichês dos policiais federais e algumas atividades padrões deixam de ser feitas. “Um passageiro do exterior que chega aqui sem visto, por exemplo. Esse profissional terceirizado o recebe no guichê onde se faz a verificação dos passaportes, mas não finaliza esse atendimento, que é exclusivo do policial”. Apesar de ser nacional, a operação-padrão em Salvador não resultará em alterações que sejam percebidas pelos usuários do aeroporto. Atualmente, o aeroporto conta com quatro equipes, compostas por quatro agentes, que trabalham em esquema de revezamento (24h para 72h). “As equipes nunca estão completas. Sempre há alguém de férias ou fazendo uma atividade extra em outra equipe fora do aeroporto. Com ou sem operação-padrão em Salvador há constantes filas”. AgravanteSegundo a presidente do Sindipol-BA, o empregador desses funcionários terceirizados estão atrasando o pagamento dos salários e, por esse motivo, alguns não estão trabalhando. “Hoje pela manhã, eles não foram trabalhar. Não sabemos se iremos contar com eles agora pela noite. Isso agrava nossa situação, já que o número de PFs nos aeroportos foi diminuído para incluir os terceirizados", conclui.
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