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SALVADOR

Pais buscam alternativas para poupar na compra de material

Na internet, grupos vendem livros usados por preços mais em conta ou sugerem troca

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06/01/2015 às 8:06 • Atualizada em 30/08/2022 às 10:07 - há XX semanas
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Com um filho matriculado na oitava série do ensino fundamental, o microempresário Waldemy Vitória Júnior trocou as livrarias pelos sebos, que comercializam livros usados. “Fui até um [sebo] próximo de minha casa e percebi que, diferentemente do que imaginava, os livros não eram velhos, riscados”, conta ele, que economizou R$ 800 na lista solicitada pela escola do filho no ano passado. Ao perceber que livro usado é um bom negócio, ele decidiu ganhar dinheiro com a ideia. “Vendi todos os livros usados do meu filho. No final, abatendo o que vendi do que gastei, acho que tirei do meu bolso apenas uns R$ 100”, contabiliza ele, que este ano já garantiu pelo menos cinco livros usados para o filho pagando apenas R$ 125. Assim como a venda, o sistema de troca também parece ser uma alternativa de economia. A Escola Motivar, na Federação, há quatro anos estimula os pais a trocarem os livros de literatura usados. “Os pais deixam esses livros aqui e nós vendemos pela metade do preço de mercado. A ideia é que os pais peguem esse dinheiro para comprar os livros novos, como uma forma de troca mesmo e de economizar, claro. Afinal, livro é caro”, explica a vice-diretora da escola, Cíntia Leal. O Colégio Isba, em Ondina, também tem uma iniciativa parecida, que funciona há 15 anos. O coordenador de matrícula do Isba, Walter do Vale, informa que lá os livros não são “comercializados”. A regra é simples: o livro usado que constar na relação atual da escola é trocado por outro válido. “Caso o livro a ser trocado não seja mais utilizado pela escola, é necessário juntar três exemplares para ter direito a um válido”, explica. Na internet, há também uma série de grupos que vendem livros usados por preços mais em conta ou simplesmente sugerem troca. O grupo “Compras e vendas de livros usados em Salvador” no Facebook, por exemplo, é um deles. Com 176 membros, tem gente vendendo livros por até um terço do valor das livrarias. Já o projeto Ler na Praça trabalha com doação, ou seja, livro de graça. De acordo com o idealizador da proposta, Lázaro Sandes, a “biblioteca”, que funciona na base do improviso na Rua Teixeira Barros, 12, Brotas (próximo à Cruz da Redenção), conta hoje com mais de 60 mil exemplares entre novos e usados dos mais diversos tipos de livros.
Correio24horas

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