Pelo segundo dia consecutivo, os ônibus continuam sem entrar no final de linha do bairro de Tancredo Neves neste domingo (13). De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, a categoria está avaliando para ver se tem como normalizar a situação a partir desta segunda-feira (14). Até lá, os ônibus continuam indo só até o Conjunto Arvoredo, que fica no bairro. A decisão de alterar o trajeto das linhas foi motivada após bandidos interceptarem um coletivo, mandarem motorista e cobrador descer e atear fogo no veículo.
"Estamos avaliando se a gente volta a rodar até o final de linha amanhã. Mas é uma decisão que será tomada ao longo do dia", explica Ferreira. Desde que houve o ataque na Rua Bahia, que teve como alvo um ônibus, mas acabou destruindo duas kombis e atingindo parcialmente outros dois veículos, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o policiamento na área foi reforçado e que já identificou os suspeitos de terem participado do ataque. No entanto, ninguém foi preso ainda.
De acordo com o último levantamento da diretoria técnica da Concessionária Integra, o prejuízo com ônibus incendiados, este ano, já ultrapassa os R$ 2 milhões. De janeiro até agora, oito ônibus foram queimados. A ocorrência em Tancredo Neves, a nona, ainda não foi somada à conta.
O titular da Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob), Fábio Mota, afirma que os rodoviários não podem ser obrigados a circular quando há risco de vida e que a melhor forma de resolver a situação é com o restabelecimento da segurança no bairro. “Foram dois ônibus queimados em dois dias, os rodoviários estão esperando reestabelecer a segurança para voltar a circular”.
Segundo a Semob, as empresas de ônibus são notificadas automaticamente quando o GPS do veículo identifica que há um desvio de itinerário. O valor da notificação é de R$ 72 por viagem não realizada. Ao todo, em Tancredo Neves, sete linhas realizam 345 viagens diárias. “Importante esclarecer que as empresas são notificadas, não multadas. A gente notifica e elas fazem a defesa, que inclui o argumento de que ônibus foram queimados”, esclarece o secretário Fábio Mota.
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Redação iBahia
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