A Polícia Civil está analisando as imagens do prédio Morena Rosa, em Brotas, onde o menino Guilherme Oliveira, 5 anos, caiu do 6º andar e morreu na madrugada desta terça-feira (24). A câmera que fica na portaria mostra um homem saindo à 1h45 e retornando às 3h. Segundo a capitã Daniele Bonfim, da 26ª Companhia Independente da Polícia Militar (Brotas), o porteiro do prédio identificou o homem como Rafael Yokoshiro, pai de Guilherme.
Foto: Amanda Palma/CORREIO |
"As imagens estão com a Polícia Civil. Nos visualizamos no local que a guarnição esteve lá. Todos os detalhes estão sendo investigados para verificar as circunstâncias da morte. Qualquer coisa que se fale agora pode ser precipitado", disse Bonfim. A Polícia Militar informou que o prédio não possui câmeras que visualizam a lateral do prédio, mas que circuitos de segurança de outros imóveis da região possam ajudar.
Ainda de acordo com a capitã, a PM não teve acesso ao apartamento da família. "A perícia que entrou no apartamento e vai poder dar detalhes técnicos sobre objetos encontrados dentro do quarto", concluiu a policial.
Uma moradora do prédio que fica em frente ao Morena Rosa contou ao CORREIO que percebeu o desespero do pai durante a madrugada. "Ouvi um homem gritando: 'meu filho, meu Deus, meu Deus", disse Sonia Silva.
Acidente
Guilherme Oliveira caiu da janela de um quarto no 6º andar do prédio onde mora com os pais na rua Ariston Bertino de Carvalho, por volta das 3h30. Segundo os familiares, a criança estava em casa com o pai, o engenheiro de produção Rafael Yokoshiro, no momento do acidente. A mãe do garoto, Carla Verena Oliveira, é enfermeira e trabalhava quando o filho morreu.
Segundo a tia do menino, Tânea Silva Mendes Correia, o pai procurou pelo filho dentro de casa e não achou. Desesperado, ele desceu do apartamento e achou o filho caído no parquinho do prédio. Guilherme chegou a ser resgatado pelo pai e levado de volta para o apartamento, mas não resistiu.
"Ele ainda pegou a criança, levou para dentro de casa e pediu socorro. Tentou reanimar, mas ele deve ter morrido naquele momento. Ele pegou na tentativa de dar socorro. A gente sabe que não podia, mas na hora ele ia lembrar?", contou Tânea. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, mas a criança já estava morta.
Uma viatura da 26ª Companhia Independente da Polícia Militar (Brotas) também foi acionada. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) fez perícia e remoção do corpo no início da manhã. O corpo de Guilherme foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). A família informou que ainda está organizando o sepultamento da criança.
A tela de nylon de proteção que fica na janela estava cortada. "A rede foi danificada no acidente, mas antes ela estava em perfeito estado. Não sabemos ainda o que aconteceu, até porque se diz que ela não corta nem com faca. Eu não entrei no apartamento e não sei se lá dentro tem algum objeto cortante, como tesoura", explicou a tia do menino.
Segundo a família, os pais da criança estão em estado de choque. "Ela não queria sair do apartamento e ele não quer ficar lá de jeito nenhum. Estamos tentando uma acomodação com o resto da família para ver como vai ficar", disse Tânea. Os objetos pessoais do casal foram retirados do apartamento e levados para casa de outros parentes.
"A tragédia acontece nas outras famílias e a gente nunca entende que pode vir para nossa também. Os pais se dão super bem. Ela tem uma natureza muito boa e ele é um rapaz muito legal, nunca tiveram problema", concluiu a tia do garoto. O caso está sendo investigado pela 6ª Delegacia, em Brotas.
Com informações da repórter Amanda Palma.
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