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SALVADOR

Polícia Civil retoma investigação de sumiço de jovem meses depois

Jean Carlos Oliveira da Silva, 19 anos, foi levado de casa por homens que se apresentaram como policiais

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23/08/2014 às 12:11 • Atualizada em 01/09/2022 às 18:19 - há XX semanas
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A Polícia Civil retomou, 460 dias depois, as investigações sobre o sumiço do jovem Jean Carlos Oliveira da Silva, que aos 19 anos foi levado de casa por homens que se apresentaram como policiais na madrugada do dia 16 de maio do ano passado. Nesta sexta (22), o CORREIO publicou o caso de Jean em reportagem sobre “outros Geovanes” — jovens que, assim como Geovane Mascarenhas de Santana, 22, desapareceram após supostas ações policiais. A responsável pela apuração, a titular da 10ª Delegacia (Pau da Lima), Elza Bonfim, pediu para comentar o caso de forma detalhada na próxima semana. “Pedi uma ordem de investigação e podemos ter alguma novidade quem sabe na segunda ou terça-feira”, disse ela, que contou que ontem faziam dois dias do pedido da investigação.
Mãe de Jean Paulo (1ª da esquerda ) na frente da Corregedoria da PM. Mães-coragem enfrentam medo e ameaças para denunciar sequestro dos filhos
Ainda nesta sexta, a mãe de Jean, Cleonice da Silva de Oliveira, 42, recebeu uma ligação da delegacia agendando para a manhã de terça-feira um encontro na unidade para tratar do caso. “A última vez que fizeram algum contato foi em janeiro, quando eu fui ao Ministério Público. De lá para cá não me procuraram”, disse a mãe. O pai de Jean, o ex-policial militar Antônio Carlos da Silva, discorda que o que pode estar ocorrendo agora é uma reabertura da investigação — para ele nunca antes houve esforço para se esclarecer o caso. “O dono da casa onde o meu filho estava morando e os vizinhos nunca foram ouvidos, nunca houve uma diligência no local. Nunca se buscou imagens. Eu que consegui com um comerciante as imagens entregues na delegacia. Disseram que não servem, mas nunca vimos”, contou. Antônio Carlos disse que ele mesmo procurou investigar o caso. Descobriu que no dia foi visto um Corsa Classic Preto, um Voyage cinza e uma viatura que não soube confirmar de qual unidade. Foi por conta de uma discussão com Antônio que Jean decidiu sair de casa. “Ele tinha 19 anos, queria independência, a gente sabe. Isso (o sumiço de Jean) foi no dia 16 de maio”, lembrou Antônio Carlos. Para ele, quando foi levado, Jean pode ter se identificado como filho e sobrinho de policiais militares. “Um amigo da época do colégio e o irmão dele buscaram guarita na casa em que ele estava. Dizem que esses meninos sabiam demais. Invadiram a casa de madrugada com uso de alicate de corte e algemaram dois dos meninos, um correu. Quantas pessoas estivessem ali eles levariam. Devem ter feito a ocultação do cadáver para não ter investigação. São pessoas que se acham donos da lei”, afirmou ele. Lucy Moura Santos, 50, mãe de Sérgio Luiz Santos Nascimento Júnior, 27, e Luiz Ricardo Santos Nascimento, 19, os outros dois jovens levados pelo grupo, também vive o mesmo drama de não saber o paradeiro dos filhos. Antônio Carlos disse que pretende processar o Estado. “Não podem pensar que isso pode acontecer assim o tempo todo”, afirmou. Diferente de Cleonice, Lucy não recebeu contato da delegacia. O caso do sumiço de seus filhos está sendo apurado ainda pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Grupo de Controle da Atividade Policial (Gacep), do Ministério Público. Matéria original: Correio 24h Polícia Civil retoma investigação de sumiço de jovem 460 dias depois

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