Dois homens estão sendo investigados pela Polícia Civil como suspeitos de efetuar os disparos que atingiram o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) e causaram ferimento na enfermeira J.P.R.B, 48 anos, que trabalhava na unidade médica. O caso aconteceu por volta das 17h do último domingo (6).
Segundo informações o delegado Juvêncio Menezes, titular da 11ª Delegacia (Tancredo Neves), a polícia já possui os nomes dos dois suspeitos, mas não irá divulga-los para não atrapalhar as investigações. “Não foi uma troca de tiros entre facções. A informação que nós temos é de que foram dois indivíduos isolados que trocaram tiros. Ainda iremos manter os nomes em sigilo para não atrapalhar o nosso trabalho”, disse.
Ontem, a Polícia Militar (PM) informou que a troca de tiros foi entre integrantes de duas facções criminosas que atuam em Narandiba, sendo uma com atuação na Rua do Canal e a outra na Invasão do ACM, que fica atrás da unidade médica, onde a enfermeira trabalhava no momento que foi ferida na lombar.
De acordo com o delegado, a polícia agora investiga se a troca de tiros entre os dois suspeitos tenha ligação com disputa por tráfico de drogas. “A gente acredita que possa existir envolvimento com o tráfico. Ainda não temos como afirmar a motivação da briga, mas é questão de tempo, porque essas pessoas já passaram pelo sistema (prisional)”, explicou.
Enfermeira é baleada de raspão dentro do Hospital Roberto Santos |
Hoje à tarde, a Polícia Civil teve acesso a um laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) que apontam resultados de exames realizados na enfermeira. De acordo com o delegado Juvêncio Menezes, não ficou determinado se a lesão na enfermeira foi ocasionada pela bala, por estilhaços de vidro ou pela bomba de medicamento, que foi destruída pelo projétil.
“Não tá caracterizado que ela foi vítima de uma bala perdida. O laudo que saiu aponta que a lesão foi de 1 centímetro. É uma lesão ínfima, que não tem como caracterizar que se foi por conta do vidro, do aparelho médico que foi danificado ou se foi por conta da própria bala”, explicou o delegado.
Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), após ser atingida, a enfermeira recebeu atendimento na própria unidade médica e foi liberada em seguida, sem necessidade de intervenção cirúrgica. Sobre a segurança no local, a pasta informou que existem postos policiais dentro da unidade, e que a segurança nas proximidades do hospital é de responsabilidade da PM.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) informou que “o policiamento foi reforçado na região do entorno do Hospital Roberto Santos e que guarnições da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (Tancredo Neves) realizam buscas com o objetivo de capturar os criminosos” e que “a Superintendência de Inteligência da SSP está com efetivo auxiliando na apuração e coleta de informações”.
As investigações sobre o caso estão sendo conduzidas pela 11ª Delegacia, onde a enfermeira deverá prestar depoimento, ainda sem data para ocorrer. O DPT realizou perícia no hospital, mas os resultados ainda não foram divulgados.
A enfermeira entrava em na sala 2B da enfermaria da unidade para atender um paciente quando foi ferida, segundo informações do diretor-geral da unidade, Antônio Raimundo Pinto de Almeida. Ainda de acordo com ele, o caso ocorreu por volta das 17h. Não houve outros feridos.
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