Polícias Civil e Militar participam desde as 4h desta terça-feira (4) de uma operação que dá início à ocupação do Bairro da Paz. O bairro deve receber uma unidade da Base Comunitária nos próximos dias. Aproximadamente 300 policiais participam da operação. Viaturas das Rondas Especiais da Polícia Militar e outros agentes devem cumprir oito mandados de prisão e apreensão no local. Até as 7h30, não foi informada nenhuma prisão. As entradas e saídas do bairro foram fechadas pela polícia para evitar a fuga de suspeitos. A implantação da Base no bairro faz parte do plano de implantação da áreas policiadas nos bairros mais de maior atuação do tráfico. A inauguração da Base será na próxima quinta-feira (13). "Quando se instala uma Base se leva 360 policiais que ficam lotados em revezamento de turno. A inspiração foi a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e os resultados têm sido excepcionais", explicou o governador Jaques Wagner em entrevista à TV Itapoan. A região é comandada pelo traficante foragido Florisvaldo dos Santos, o “Flor”, líder do tráfico no bairro e acusado de vários homicídios. Em julho, um dos principais aliados do traficante foi preso. Jamesson Silva Santos é também suspeito de comandar execuções na região. Esta é a 7ª das 12 bases prometidas pelo governo do Estado para 2012. No dia 15 de agosto foi inaugurada a Base no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. Ao todo, participaram da ação no bairro 339 policiais, civis e militares. Os policiais permanecerão no local até a inauguração da base. Na operação, foram presas nove pessoas por envolvimento com o tráfico.
Na Região Metropolitana de Salvador, a próxima base será em Camaçari. Também serão instaladas bases em Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista e Barreiras. Homicídios e opressão são critérios para instalação das basesOs dois principais critérios usados pela SSP para instalar as bases são os índices de homicídios na área e de opressão psicossocial. “É a situação de medo ou domínio que a gente identifica na comunidade. São fatores subjetivos, mas que a gente identifica”, explica o coordenador estadual das Bases Comunitárias, coronel Zeliomar Almeida. O Calabar não tinha alto índice de homicídios, mas tinha alto índice de opressão”. Aprendiz terá que superar o seu mestreDe dezembro de 2008 até junho deste ano, ou seja, em 42 meses, o governo do Rio de Janeiro instalou 25 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). De abril de 2011 até hoje, ou seja, em 14 meses, a SSP da Bahia, que buscou inspiração nas UPPs cariocas, instalou seis bases (Itinga, Calabar, três no Complexo do Nordeste e Fazenda Coutos). O novo desafio é instalar mais que o dobro (12 bases), em menos da metade do tempo (seis meses). Para 2013, a previsão aumenta. Segundo o coronel Zeliomar Almeida, o governo do estado mantém também a previsão de 34 bases na Bahia até 2013. Se as 12 BCSs de 2012 forem instaladas, ano que vem a empreitada será de mais 17 bases. “A previsão a gente mantém, mas o secretário pediu para fazer o planejamento ano a ano”, diz o coronel. Um dos aspectos observados é o uso do local. No Uruguai, por exemplo, a área escolhida tem dois pontos de ônibus. “A gente não pode tirar um lazer e nem bloquear uma via, por exemplo”, explica. Já São Caetano receberá a base na região de quadras. O coronel diz não saber o destino delas. “O que vai definir é o projeto arquitetônico”. Matéria original do Correio Polícia ocupa Bairro da Paz para implantar Base Comunitária
PM inicia operação de implantação de Base Comunitária em Itinga |
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