Três policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público estadual, por meio da promotora de Justiça Isabel Adelaide Moura, acusados de matar o jovem Carlos Alberto Conceição Santos Júnior, em uma operação realizada na manhã de 13 de junho de 2013 no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Os PMs Jefferson Silva França, Diego Luiz Rezende Silva e Iapuran Cerqueira de Souza Júnior foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima (art. 121, § 2°, incisos I e IV do Código Penal). De acordo com a promotora de Justiça, os policiais militares, lotados na 40ª CIA/PM, realizavam uma operação de combate ao tráfico de drogas no bairro. No curso da ação, houve uma troca de tiros, as pessoas correram pelas ruas e a vítima foi executada no quintal de uma residência, onde buscou abrigo.
Na época, a PM afirmou que os policiais da Base Comunitária de Segurança do Nordeste realizavam uma ronda na localidade de Olaria e foram recebidos a tiros. No suposto tiroteio, Júnior foi atingido. Os policiais afirmam que apreenderam com ele um revólver calibre 38 e pedras de crack. Já em um terreno próximo, a PM apreendeu um revólver 32. Um primo de Júnior disse que os dois estavam indo jogar bola. “Ele disse pra eu adiantar porque resolveu parar em um bar”, contou o rapaz. Ele afirma que no trajeto foi abordado por quatro PMs, que teriam lhe mandado correr. “Disse que não ia correr porque sou trabalhador e fui imobilizado”, contou o rapaz, que diz ter ouvido três tiros neste momento. Depois, soube que Júnior havia sido baleado por outro grupo de policiais. Dois amigos de Júnior afirmam que testemunharam sua morte. “Ele tinha saído do bar quando foi cercado por quatro PMs. Eles chegaram atirando”, disse um deles. “Depois, colocaram a arma na mão dele. Todo mundo viu”, disse o outro amigo da vítima.
Policiais militares abordam jovens em rua próxima à manifestação. Um tiro foi disparado para o alto |
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