Baleado no pescoço em uma tentativa de assalto no bairro do Barbalho, na noite desta quarta-feira (21), o policial civil Cláudio Luiz Ferreira Lacerda, 42 anos, está em estado grave. A informação é do presidente do Sindicado dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Marcos Maurício. "O tiro atingiu a veia aorta e, além do sangue que ele perdeu, acabou entrando [sangue] no pulmão. Ele corre risco de morte, está sedado, na UTI", afirmou ao CORREIO.
Ainda conforme Maurício, os bandidos atiraram após identificarem que se tratava de um policial. "Depois que anunciaram o assalto, ele tentou se proteger entrando no carro. Aí viram a arma e atiraram. Fugiram porque acreditaram que ele estava morto", pontuou.
De acordo com o titular da 1ª Delegacia (Barris), Lúcio Ubirecê, responsável por investigar o caso, Cláudio estava em frente a uma lanchonete na Rua Professor Viegas, ao lado do Instituto Federal da Bahia (Ifba), quando sofreu a investida dos bandidos. "As informações que temos até agora é de que três indivíduos armados o abordaram. Não se sabe se ele reagiu, ou se foi reconhecido", relata o delegado, acrescentando que os homens são altos, pardos e aparentam ser jovens.
Atingido no queixo, Lacerda foi socorrido por populares para o Hospital Ernesto Simões Filho, no Pau Miúdo, onde permanece internado. Segundo a polícia, os bandidos estavam em um carro vermelho, não identificado, quando anunciaram o assalto. Após balearem o policial, eles fugiram levando alguns pertences da vítima.
Para Lúcio Ubirecê, a incidência de crime contra policiais civis aumentou consideravelmente nos últimos anos. "Na época que eu entrei na polícia, há muito tempo, bandido passava longe da gente. Agora eles falam que 'matam mesmo e roubam a arma'. Olha só ao ponto que isso chegou", lamentou Lúcio, fazendo referência ao policial civil Luiz Santos de Jesus, 59, assassinado a tiros há sete dias, no bairro da Liberdade.
Marcos Maurício também comentou o curto espaço de tempo entre os dois casos. "Isso é um sinal claro de que temos uma segurança pública falida. Não pelos profissionais, mas a polícia civil e militar está órfã de gestão. A secretaria [da Segurança Pública] está de joelhos, pedindo para marginal que não mate mais policiais", desabafou o presidente do Sindpoc.
Cláudio é lotado na 6ª Delegacia (Brotas). Procurada pelo CORREIO, a titular da unidade, delegada Maria Dail, não foi encontrada para comentar o assunto.
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Redação iBahia
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