Muita gente sabe o que fazer para evitar a proliferação do mosquito da dengue, mas poucos cumprem as tarefas de cobrir pneus, garrafas e outros materiais que podem acumular água parada. Há 15 dias, Salvador viveu períodos de fortes chuvas e, com isso, os riscos de pegar a doença ficaram ainda maiores devido ao armazenamento incorreto do lixo por parte da população. Segundo Eliaci Costa, coordenadora municipal de Combate à Dengue, como as pessoas ainda tem o hábito de descartar lixo a céu aberto, todo esse material que pode acumular água representa risco. "Sempre com a chegada das chuvas o risco é maior. Com o aumento da temperatura, aumenta o risco de proliferação do mosquito", diz. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, após o período de chuva, alguns bairros já se encontram em observação e são considerados com alto índice de focos do mosquito. O local que mais preocupa o órgão é Valéria, com 8,2% de índice de infestação. Logo após vem Arenoso e Tancredo Neves, com 8,1%. Os bairros Fazenda Coutos e Vista Alegre também estão no grupo. Nem as áreas nobres escaparam. No Itaigara, no Caminho das Árvores e na Pituba o índice chega aos 5%. Esses dados são calculados da seguinte forma: a cada 100 casas visitadas, os agentes avaliam quantas apresentavam a larva. Se oito casas apresentarem focos do mosquito, o índice de infestação naquele local é de 8%. Ainda de acordo com Eliaci, mais de 800 lugares já foram notificados. Mutirão - Para intensificar as ações de combate à dengue, a partir do dia 29 começará um mutirão para retirar todo tipo de lixo armazenado incorretamente. "Serão seis mutirões nos bairros de São Caetano, Valéria, Alto do Cabrito, Bela Vista do Lobato, Vista Alegre e Coutos", informou a coordenadora. Mesmo com iniciativas como essa, é preciso que a população esteja alerta com os depósitos de água e de lixo. "Para evitar o acúmulo desses materiais, os moradores precisam observar o horário da coleta de lixo", aconselhou. Estatística - Entre janeiro e abril deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde já registrou 634 casos da doença. "Nesse período, tivemos um óbito. Foi uma mulher de 54 anos. No ano passado, foram registrados nove", contou a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Cristiane Cardoso. Ainda sobre os números de 2010, ela afirmou que dos 634 casos, sete foram da dengue hemorrágica, o tipo mais grave da doença.
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