Dono de uma empresa de segurança clandestina, Gílson Ferreira Carneiro, 32 anos, foi preso ontem acusado de pelo menos 35 homicídios e quatro tentativas na região de Cosme de Farias, em Brotas. Gilson Miseravão, como é conhecido, foi capturado pelos policiais numa fazenda, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador e foi apresentado ontem pelo delegado Arthur Gallas, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Gilson tinha um mandado em aberto desde janeiro, mas é muito esperto e contava com a cobertura de policiais”, disse o delegado. Os policiais envolvidos ainda estão sendo investigados e, por enquanto, não podem ter seus nomes divulgados.
O acusado mantinha a empresa de segurança em Cosme de Faria há cerca de dois anos, mas já atuava em áreas vizinhas há dez. Lá, os comerciantes pagavam pela segurança da área e, segundo a polícia, ele executava todos os que ameaçassem a paz da vizinhança. A arma, uma pistola 40, ele admitiu ter comprado ilegalmente, na mão de um caminhoneiro, mas os homicídios, jura, são intrigas da oposição. “Como eu combato o tráfico na região, tenho muitos inimigos, mas nunca matei ninguém”, alegou. Um desses inimigos, o traficante Berg Rodrigues da Conceição, 26 anos, também foi apresentado. Ele é acusado de dois homicídios, entre eles o de Pablo George Oliveira da Silva, 29 anos, morto a tiros dentro de um táxi no Largo da Graça, quando voltava com amigos da praia do Porto da Barra. Ele também nega os crimes e diz que atualmente não estava mais envolvido com o tráfico. “Já vendi cocaína, mas agora trabalho com transporte escolar”, garantiu. Segundo a polícia, Berg fazia parte do mesmo grupo de extermínio de Gílson, mas atualmente estavam brigados. Os dois negam a informação.
Acusado de 35 homicídios, Gilson Miseravão foi preso em Candeias |
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade