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Professor passou dia do crime na praia com assassinos

Os dois apresentaram versões diferentes e responderão por latrocínio

• 18/09/2015 às 8:23 • Atualizada em 28/08/2022 às 8:34 - há XX semanas

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Imagens de câmeras de segurança e o uso do aparelho de smartphone da vítima foram essenciais para a Polícia Civil chegar aos envolvidos no assassinato de Deodarkson Aparecido Rêgo Pereira, 45 anos, em Amaralina, no final de semana passado. O desempregado Nadson de Jesus Pepe, 19, e um estudante de 16 anos confessaram ter matado o professor de Química no apartamento dele, no dia 12 deste mês, no edifício Mar Azul, localizado na Rua Visconde de Itaborahy.

As câmeras instaladas em prédios vizinhos registraram o momento em que a dupla pegou um ônibus, momentos depois de amarrar, estrangular e roubar pertences da vítima, no início da noite de sábado. Nadson ficou com o celular do professor e passou a usar o aplicativo WhatsApp após substituir a foto de perfil por uma dele. Os dois responderão por latrocínio. Nadson também foi indiciado por corrupção de menores. Ele foi preso na quarta-feira, no bairro de São Gonçalo do Retiro. O adolescente que confessou ser coautor do crime foi apreendido e encaminhado para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). Versões Há duas versões para o caso. A primeira, relatada por Nadson, dá conta de que o crime foi motivado por um desentendimento entre os três. A confusão envolveria o pagamento de um programa sexual por Deodarkson aos dois visitantes, que seria de R$ 150. Segundo o delegado Marcelo Sansão, coordenador da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), Nadson alegou que fora chamado pelo adolescente para ir à casa do professor, já que o rapaz já havia acertado o programa – os R$ 150 seriam divididos entre os dois. “Não tenho dúvidas de que o crime foi premeditado. Nadson conta que, dias antes do crime, foi convidado para ir à casa do professor e que o menor dizia que lá havia objetos de valor”, explicou Sansão.

Nadson teria matado professor Deodarkson junto com adolescente
Nadson diz que estava com o adolescente na praia da Barra quando foi convidado por ele para ir à casa de Deodarkson, no edifício Mar Azul, em Amaralina. “Apesar do acerto, ao chegar no apartamento, Nadson disse que somente o adolescente manteve relações sexuais com a vítima, que negou o pagamento, o que motivou o crime”, disse o delegado, ontem pela manhã, durante a apresentação de Nadson à imprensa, na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Pituba.Então, segundo a versão, Nadson imobilizou o professor, enquanto o adolescente amarrou os pés e as mãos da vítima. “Nadson foi quem esganou”, disse o delegado.O corpo do professor foi localizado na quarta-feira, depois que um vizinho estranhou o cheiro que estava vindo de um dos apartamentos e chamou a polícia. Após o crime, a dupla fugiu da casa levando um monitor de computador, relógio, celular, uma quantia em dinheiro e outros objetos de Deodarkson. As imagens obtidas pela polícia, que até ontem não haviam sido divulgadas, mostram os dois entrando em um ônibus com os materiais. Adolescente Interrogado Na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), o estudante deu outra versão sobre o ocorrido e disse que não houve acerto de programa e, além disso, não manteve relações sexuais com o professor. A delegada plantonista Patrícia Gandini afirmou que o adolescente foi apresentado a Deodarkson, há cerca de um mês, por um amigo em comum, na praia da Boa Viagem, na Cidade Baixa, e que os dois se falavam pelo aplicativo WhatsApp. Foi em uma dessas conversas que marcaram um encontro para a manhã do dia 12, no Porto da Barra. “Ele disse que perguntou ao professor se poderia levar um amigo e a vítima sinalizou que sim”, explicou ela. Ainda conforme a delegada, “o adolescente já tinha ganhado uma bermuda e uma camisa do professor, que também já havia pago cervejas para ele”. No dia do crime, os três passaram a manhã toda na praia. “Beberam cerveja, comeram acarajé e cachorro-quente”, contou a delegada. Por volta das 16h, segundo contou o estudante, eles foram para o apartamento do professor, onde tomaram banho. “O adolescente disse que percebeu que Nadson ‘criou olho’ nos objetos da casa”, lembrou Daniela. Em seguida, o menor teria sentido um mal- estar e retornado ao banheiro. Instantes depois, ele diz que ouviu o comparsa o chamando. “Quando saiu, ele viu Nadson dando uma gravata no professor e o mandou providenciar um fio para amarrar as pernas e braços da vítima. E ele fez: pegou uma faca e cortou o fio de um computador”, contou a delegada.
Correio24horas

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