Um dos processos seletivos mais esperados na Bahia, o concurso da Caixa Econômica Federal teve seu
edital para técnico bancário para cadastro de reserva publicado nesta quinta-feira (23). As
inscrições abriram nesta sexta-feira (24) e as provas devem acontecer no dia 23 de março, mas até lá a rotina de estudos dos candidatos deve ser intensa e, para facilitar as coisas, o
iBahia traz dicas de como ter um desempenho melhor e motivos para não dar bobeira na prova. Em entrevista ao portal, a professora de português Marilene Silva, que há mais de 18 anos ensina para concursos, revelou que o edital deste ano ganhou novidades e levantou a possibilidade de retificação no documento. "A prova de Informática, que era uma disciplina de peso, neste ano não vai existir, assim como o Estatuto da Caixa", avisou. Em compensação, Língua Portuguesa ganhou peso II. "Essa prova vai fazer a diferença, assim como Conhecimentos Bancários. Português será praticamente a avaliação de conhecimentos básicos e Conhecimentos Bancários a de específicos. Eles tiraram duas disciplinas e aumentaram o peso de uma, disso você já tira a importância. Além disso, tem a redação, que será eliminatória e classificatória", pontuou.
Possibilidade de crescimentoSegundo Marilene, a aprovação no concurso é importante pois trata-se de uma empresa que dá ao candidato condições de crescer internamente, com um plano de carreira, além de vantagens normalmente não concedidas por outras estatais. "Existem seleções internas quase sempre e isso dá a você a oportunidade de ir mudando de função, fora os benefícios, como o plano de saúde, ticket alimentação com valor razoável. Às vezes as pessoas só pensam no salário, mas existem outras vantagens. Tive alguns alunos que saíram de um emprego já estável só para entrar na Caixa", contou. "A Caixa chama muita gente, provavelmente daqui a pouco tempo vai ter uma agência em cada bairro. No concurso, em média, são 800 vagas e a lei agora obriga a empresa a convocar todos os candidatos da lista de vagas antes de abrir um novo concurso, então dessa vez eles tiveram o cuidado de colocar como cadastro de reserva", acrescentou. A professora ainda contou que ensina em cinco turmas voltadas para os concursos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, e revelou algumas de suas dicas dadas em sala de aula. "É importante estabelecer uma estratégia de estudo. Disciplina é fundamental. Cada um tem a sua quantidade de horas que satisfaz a necessidade de conhecimento, mas isso tem que ser disciplinado. Todo tempo livre é bom para o aluno dedicar ao estudo. As turmas estão tendo aula todo domingo, quase o dia todo. Eu nunca vi um concurso chamar tanta gente para trabalhar, então as pessoas acabam investindo muito", disse.
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Dicas importantes Para Marilene, os concurseiros deverão tomar cuidado com o modelo da prova deste ano, realizada pela Cespe/UnB. "É uma instituição muito capciosa, colocam muitas armadilhas. Na prova, as questões são do tipo que se você erra uma, anula uma certa. Normalmente são 120 questões, então as pessoas não arriscam muito porque é improvável fechar. Eu indico não responder a questão que você realmente não souber, deixar em branco. Você não vai ganhar o ponto daquela questão, mas também não comprometerá outra. Só se deve arriscar naquela que você sabe que tem a chance de acertar. Não vale a pena chutar e uma prova dessas", avisou.
RedaçãoOutro macete dado pela professora foi sobre a redação. Segundo ela, é preciso que o aluno, assim que abrir a prova, analise logo o tema proposto para ir desenvolvendo aos poucos, além deixar um tempo reservado para a execução da mesma. "A parte objetiva você tem no roteiro, mais ou menos, o que vai cair, mas a redação não tem isso, só diz que vai ser em cima de tópicos relevantes. As pessoas costumam apostar no óbvio, o que é um erro. O tema da redação é sempre dentro de um conteúdo específico, só que não é uma questão aberta a qual você escreve sobre tudo que você leu, precisa fazer uma relação com um assunto da atualidade. É uma dissertação, é preciso argumentar em cima do assunto. Lógico que tem a parte teórica, mas tem que existir a sua impressão com relação ao conteúdo. As pessoas confundem, aí dão aquela resposta decorada, do livro parafraseando o autor da informação, quando a ideia é aproveitar o assunto e fazer a relação de forma argumentativa para mostrar que realmente entendeu o conteúdo", explicou, antes de ensinar o melhor modo de se preparar para o momento. "Escrever. As pessoas acreditam que só vão fazer a redação no dia, porque flui na hora. Só que, quanto mais você escreve, mais você tem facilidade de desenvolver seus argumentos. Assim que abrir a prova, faça um rascunho e vá para a prova objetiva, pois existe uma quantidade de horas para fazer a prova e é necessário já ter uma base de como fazer a redação. Às vezes, quando você está lendo o conteúdo, você lembra e consegue desenvolver um pensamento, mas na redação é você que tem que resolver. Dedique uma hora, pelo menos, para fazer a redação e preocupe-se também com a questão gramatical, porque a revisão é muito apegada a isso. As pessoas se preocupam com o que escrever e se esquecem de como escrever. Reveja sua caligrafia, ortografia, tem que estar tudo gramaticalmente correto", antecipou. Por fim, Marilene indicou a necessidade de estudar provas de concursos anteriores para entender o estilo de prova da instituição realizadora e receitou aos concurseiros responder primeiro as disciplinas de maior peso. "Vai estar com a mente mais tranquila para não arriscar em outras. Essa prova não avalia quem sabe mais, avalia quem vacila menos. Atenção é muito importante. Se você não entendeu a pergunta, leia duas vezes, mas não leia a terceira, porque isso te trava. Procure começar pelas disciplinas que você tem mais afinidade, sem deixar de dar importância ao peso, isso vai fazer com que você responda o resto mais tranquilo. Só não leia rápido, sob pressão, pois com isso não se consegue desenvolver nada", finalizou.