Os professores da rede municipal de ensino aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (28) no Ginásio dos Bancários, paralisar as atividades por 48 horas. As atividades estão suspensas nesta quarta (28) e nesta quinta-feira (29). Os docentes reclamam das mudanças implementadas pela nova gestão. “Não estamos concordando com as mudanças que a nova gestão quer implementar sem discutir com a rede. A APLB aletrou que não tinha condições de iniciar o ano letivo por falta de professores e coordenadores, além disso muitas escolas estão com problemas estruturais”, diz Marilene Betros, diretora Jurídica da APLB/Sindicato. Os professores também criticam um projeto de alfabetização chamado “Alfa e Beto”: “Há uma discussão de implementar este novo programa. Não concordamos porque não tivemos acesso ao conteúdo. Queremos que haja um debate em todas as escolas. Os professores devem pegar a cartilha, avaliar e enviar as conclusões para o secretário”. Os docentes pedem ainda a convocação de professores, coordenadores pedagógicos e merendeiras aprovados no último concurso. “Nós sabemos que nada se resolve em um estalar de dedos, mas há algum tempo estamos discutindo com o secretário sobre o caos que se encontra a rede. Como não foi dada a atenção, resolvemos paralisar”, afirma Marilene. Outro ponto criticado pelo sindicato é a ampliação de duas horas e meia por semana (meia hora por dia) na carga horária dos alunos. Decisão precipitadaEm nota, o secretário municipal de Educação, João Carlos Bacelar, considerou a paralisação precipitada e fora de contexto. O secretário diz não entender a reação dos professores contrários à ampliação da carga horária - que, segundo ele, não implicará na alteração da jornada de trabalho da categoria - e a implantação do Sistema Estruturado de Ensino. De acordo com a secretaria, as duas medidas anunciadas pela Prefeitura tem o objetivo de elevar a qualidade do ensino oferecido aos 135 mil alunos da rede municipal, com o intuito de melhorar o aprendizado e o desempenho educacional dos estudantes. “Não vamos recuar no nosso objetivo de oferecer um ensino de qualidade para nossas crianças, garantindo alfabetização logo no primeiro ano (aos seis anos de idade) e a ampliação do tempo de permanência do aluno na escola, bandeiras históricas dos próprios educadores. Esse é o desejo dos alunos, dos pais dos alunos e do prefeito ACM Neto. Todos os esforços da Prefeitura são no sentido de colocar o nível de ensino ministrado no município no mesmo patamar das melhores escolas da rede privada. Disso não vamos abrir mão e temos a certeza de que contamos com o apoio dos professores e da sociedade”, ressaltou Bacelar. Na nota, a Prefeitura “convoca os professores a darem continuidade as suas atividades e a APLB/Sindicato a manter o diálogo aberto e construtivo com a Secretaria de Educação, de forma que nossos alunos não sejam prejudicados”. Matéria original: Correio 24h Professores da rede municipal aprovam paralisação de 48 horas
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