Os professores da rede particular de ensino, em greve há oito dias, decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (5), pelo fim da paralisação. Durante a reunião foram apresentadas as propostas e negociações realizadas às 14h desta segunda (4), que foi mediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). Ao fim da assembleia foi assinado um termo de compromisso que garante aos professores os direitos oferecidos pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe-BA). Segundo a diretora de comunicação do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro/BA), Cristina Souto, o Sinepe acatou a sugestão de reajuste de 7% do mediador e outras cláusulas que haviam ficado pendentes também foram discutidas. Duas novas cláusulas foram incluídas na convenção coletiva, consideradas uma luta histórica do segmento: a regulamentação dos itens a serem discriminados no contra-cheque e a garantia do intervalo de 15 minutos para os professoras da Educação Infantil e Fundamental. Três cláusulas foram ajustadas e, a partir desta quarta-feira (6), será paga como hora extra as aulas de recuperação e reorientação praticadas fora do horário contratual do professor e reuniões realizadas pelas escolas que não estiverem de acordo com a definição de Coordenação Pedagógica. Outra conquista da categoria foi a garantia de uma melhora na cláusula penal que assegura ao Sinpro/BA a notificação das escolas irregulares sem a intermediação do Sinepe-BA, o sindicato patronal. De acordo com o Sinpro/BA, os dias de greve serão repostos, garantindo os 15 dias de recesso entre os semestres, e o Sinepe se comprometeu a orientar as escolas, com o intuito de não chocar os dias de reposição entre as instituições de ensino.
ReivindicaçõesA greve dos professores da rede particular de ensino começou no dia 29 de maio. A categoria reivindicava reposição salarial de 4,88% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais ganho real de 10%. Ao todo, a pauta contém 58 reivindicações, entre elas saúde, segurança e condições de trabalho. Os professores também reclamavam que há dez anos não há mudanças da convenção coletiva e que, apesar de alguns pontos terem sidos retirados, não houve ganhos significativos relativos às condições de trabalho.
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