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SALVADOR

Projeto que limita publicidade no carnaval será regulamentado

Além de restringir a área de circulação dos balões, a proposta é que haja uma redução no número de blimps levados por cada bloco

• 21/08/2013 às 8:33 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:01 - há XX semanas

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Um relatório elaborado por uma comissão especial na Câmara de Vereadores para discutir mudanças no Carnaval sugere uma série de mudanças no modelo de exibição de publicidade nos principais circuitos do Carnaval de Salvador. Entre as restrições está a criação de “zonas de exceção” nos circuitos Dodô (Barra/Ondina) e Osmar (Campo Grande). Nessas zonas, os blimps (balões de publicidade) serão completamente proibidos. A ideia é combater a poluição visual durante as transmissões do Carnaval.
Balões poluem o visual do Carnaval e atrapalham o espectador. Ideia é restringir número e local de circulação
A criação de restrições à publicidade foi noticiada com exclusividade, ontem, pelo CORREIO, na coluna Satélite. “A sugestão é que a zona de exceção da Barra fique entre o Farol e o Cristo. No Campo Grande, essa zona seria todo o entorno da praça, deixando a passarela de desfile livre”, revelou o vereador Claudio Tinoco (DEM), que assina o relatório, que também passará pelo Conselho Municipal do Carnaval (Comcar). Além de restringir a área de circulação dos balões, a proposta é que haja uma redução no número de blimps levados por cada bloco. O número de balões será determinado de acordo com o número de foliões. “As entidades serão divididas em três grupos: de pequeno, médio e grande porte”, explicou o vereador. Os blocos considerados pequenos (até 500 pessoas) poderiam carregar apenas dois balões; os médios (501 a 2 mil pessoas), quatro balões. Os maiores poderiam levar, no máximo, seis balões. O relatório prevê ainda a reestruturação da composição do Comcar, com a mudança de entidades. Por exemplo, entrada da Secretaria da Segurança Pública em substituição à Polícia Civil. TransmissõesRepresentantes de emissoras de televisão, que serão beneficiadas com transmissões mais “limpas” caso as mudanças sejam aprovadas, gostaram da proposta. “A poluição visual atrapalha muito as transmissões ao vivo, porque polui a tela e polui a imagem mais importante para o consumidor — a imagem do artista”, considerou o diretor-superintendente da Rede Bahia, Dante Iacovone. “As emissoras têm mais trabalho para produzir os conteúdos, deixando de mostrar coisas que, às vezes, são mais importantes”, completou. Tinoco exemplificou um caso comum. “Eu já assisti ao Carlinhos Brown fazendo uma apresentação em solo: enquanto ele conduzia uma bateria, o balão descia bem na cabeça do artista, que tinha que empurrar o balão com uma baqueta”, lembrou. O gerente de Marketing e Programação da Band Bahia, Ricardo Flores, também comentou os efeitos negativos das publicidades das transmissões. “O que gera interesse nas transmissões televisivas de qualquer grande evento é o conteúdo essencial da festa. Qualquer acontecimento que prejudique a sua clara exibição passa a interferir diretamente no interesse de quem consome o produto”, disse. “O conteúdo visual daquilo que está sendo transmitido perde o seu valor percebido e isso gera uma queda imediata nos índices de audiência”, afirmou Flores. “Isso levanta dúvidas por parte de clientes e agências sobre qual a melhor forma de posicionar uma marca ou produto em eventos dessa grandeza”, completou. IndependentesO projeto ainda libera o uso de blimps e publicidades para blocos e trios independentes — desde que também respeitem as limitações de número e circulação. Atualmente, esses blocos não têm respaldo legal para utilizá-los. “A medida é acertada, pois é preciso pensar nas entidades carnavalescas independentes, muitas sem qualquer ajuda do poder público”, considerou o presidente do Conselho Municipal do Carnaval, Pedro Costa. Sobre as restrições aos blimps, ele considerou que a criação de novas peças publicitárias com mais plasticidade pode ser uma saída. “A publicidade não vai deixar de existir nunca, mas pode ficar mais bonita”, avaliou. O presidente da Associação Baiana de Trios Independentes (ABTI), Waldemar Sandes, comemorou a manutenção da entidade no Comcar. A saída da ABTI foi cogitada por não ser reconhecida na Lei Orgânica do Município. “A ABTI representa os trios independentes há 20 anos. Como poderia sair?”, questionou Sandes. “Quando se pensou nisso, partimos pra cima e a mudança do projeto foi uma vitória”, celebrou.
Matéria original do Correio Projeto que limita publicidade no carnaval ainda será regulamentado

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