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SALVADOR

Quatro áreas com risco de deslizamento em Salvador terão sirenes

Sitemas de alerta e alarme serão implantados em locais considerados “prioritários” pela prefeitura

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01/03/2016 às 8:32 • Atualizada em 01/09/2022 às 9:59 - há XX semanas
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Pelo menos quatro bairros dos que mais sofrem com as chuvas em Salvador já vão ter uma nova forma de prevenção este ano: se a água começar a cair demais, uma sirene vai avisar que todos devem sair de suas casas para evitar correr risco. Os sistemas de alerta e alarme serão implantados em áreas consideradas “prioritárias” pela prefeitura: a Rua Baixa de Santa Rita, em São Marcos; a Rua Coronel Pedro Ferrão, na Baixa do Fiscal; a Rua Henrique Mamede, no Alto da Terezinha; e a Rua Henrique Marques, no Marotinho (Bom Juá) – onde quatro pessoas morreram no ano passado após deslizamentos de terra provocados pela chuva. A medida foi anunciada pelo prefeito ACM Neto, ontem, como parte de um pacote de ações para enfrentar o período chuvoso este ano. Neto assinou três decretos: a autorização para a Operação Chuva 2016, a criação de um comitê interinstitucional de ações de emergência e o novo regimento interno da Defesa Civil de Salvador (Codesal). “O sistema vai avisar quando a água estiver já acumulando em um certo nível que possa ocorrer riscos, sobretudo de deslizamentos. De maneira automática, o sistema vai disparar o aviso”, afirmou o prefeito. O investimento será de cerca de R$ 4 milhões, em recursos municipais. A ideia é estender para outras áreas. Os sistemas são sirenes conectadas a pluviômetros automáticos que vão se comunicar diretamente com os sistemas da Codesal. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Paulo Fontana, os equipamentos já estão “em fase final de aquisição” e devem estar disponíveis antes do Inverno. “É uma sirene alta, que quando o pessoal ouvir, vai ser o mesmo que dizer ‘você tá numa área de risco. Saia’”. Um dos locais mais afetados pelas chuvas no ano passado, a comunidade do Barro Branco, na Avenida San Martin, onde 11 pessoas morreram em abril passado, não deve receber esse sistema. Ainda de acordo com o secretário, Barro Branco já não é mais considerada uma das principais áreas de risco, por conta das obras de contenção feitas no local. Até o final de março, também deve estar disponível uma plataforma de comunicação entre a prefeitura e as comunidades. Por SMS, as pessoas serão avisadas quando devem evacuar uma área. Os moradores poderão contatar a prefeitura pela plataforma, quando houver problemas. Prevenção A Operação Chuva será dividida em duas etapas. A primeira, preparatória, começa esta semana e deve durar todo o mês de março, com ações preventivas e novas tecnologias para a contenção de encostas. De acordo com Neto, outros R$ 7,5 milhões serão investidos para contenções com mantas. Enquanto as contenções com lonas duram até dois meses, as feitas com mantas podem ter garantia mínima de cinco anos, podendo chegar a 30 de uso. Já foram feitos testes na Avenida Juracy Magalhães e próximo à UPA dos Barris. Ao todo, com o recurso, será possível fazer a contenção de 120 a 150 encostas. Ao CORREIO, o secretário Paulo Fontana afirmou que fez um levantamento de ao menos 70 áreas que devem receber essas mantas. Os locais devem ser divulgados em breve. Já as ações preventivas incluem a recuperação de escadarias, obras de drenagem, limpeza de canais e bueiros, pavimentação e poda de árvores. As ações devem reduzir riscos de tragédias em áreas de risco. Na segunda fase, que deve durar de abril a julho, além de dar continuidade às ações preparatórias, os órgãos envolvidos ficarão de plantão 24 horas. A atuação da Codesal passará a ser descentralizada, com apoio das prefeituras-bairro da Liberdade/São Caetano, do Subúrbio/Ilhas, do Cabula e de Pau da Lima – onde estão as maiores áreas de risco. O Centro Histórico receberá atenção com equipe permanente de vistoria a casarões antigos e imóveis com risco de desabamento. A população também será mobilizada, através dos núcleos comunitários e de um programa de voluntariado. Os núcleos serão instalados nas áreas de risco, para informar e capacitar os moradores sobre como devem proceder na época das chuvas. Além disso, serão feitas simulações de evacuação, com a ajuda do sistema de alerta e alarme. O prefeito ainda anunciou que, a partir de abril, o pagamento do aluguel social será feito por cartão e através da Caixa. Equipes vão revisitar imóveis e verificar quais precisam do aluguel. Segundo o prefeito, quem retornar às casas em risco poderá perder o benefício de R$ 300. Hoje, 3.616 famílias recebem, de 8.271 cadastradas em 2015.
Correio24horas

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