Salvador é a capital do Nordeste com maior número de divórcios

De todas as capitais do Nordeste, Salvador é a campeã no número de divórcios. É o que apontam os dados Registro Civil 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente no ano de 2010, foram 3.942 processo de divórcio finalizados em primeira instância, além de outros 406 casos de separação judicial. Na segunda e terceira colocação regional, estão Recife (1.912) e Natal (1.290) e, na última colocação, aparece Teresina com 261 processos. No ranking nacional, Salvador ocupa a sexta colocação. Na liderança, aparece São Paulo (9.039), Rio Grande do Sul (7.788), Santa Catarina (6.503), Goiás (4.961), Belo Horizonte (4.516) e Mato Grosso do Sul (3.973). A taxa geral de divórcio atingiu, em 2010, o seu maior valor, 1,8% (1,8 divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais), com um acréscimo de 36,8% no número de divórcios em relação a 2009. A maioria dos divorciados no Brasil, 30.315, tem idade entre 30 e 34 anos, acompanhada pela faixa etária entre os 25 e 29 anos, que tem 24.480 pessoas divorciadas.

Taxa de divórcio atingiu o maior índice em 2010

Perfil dos divorciados em Salvador Na capital baiana, os divórcios diretos, mais de 3 mil, foram feitos de forma concensual. No caso dos processos não concensuais, o dado mostra que a maioria dos pedidos (132) partiram dos homens e 94 das mulheres. Em relação ao número de filho na finalização do processo, o IBGE constatou 1.582 casais se divorciaram com filhos ainda menores de idade, 1.074 com filhos maiores de 18 anos e 234 com filhos menores e maiores de idade. Deste total, os dados mostram que 1.368 casais tinha apenas um filho, 1.074 não tinham filho nenhum e 901 tinham dois descendentes diretos. Outro dado que se destaca para os casais soteropolitanos é que o tempo médio transcorrido entre as datas do casamento e da finalização do divórcio é de 20 anos ou mais. Salvador registrou maior proporção de filhos sob guarda compartilhada No relatório, verificou-se também que as mulheres continuam com a maior responsabilidade pela guarda dos filhos menores. Em 2010, 87,3% dos divórcios concedidos no Brasil tiveram a responsabilidade pelos filhos delegada às mulheres. Apesar disso, houve o crescimento do compartilhamento da guarda dos filhos menores entre os cônjuges, passando de 2,7% em 2000 para 5,5% em 2010. No casos dos soteropolitanos, 46,54% dos filhos menores de casais que se divorciaram em 2010 ficaram sob responsabilidade de ambos os cônjuges, a maior proporção entre as capitais. A tendência se reflete inclusive para todo o Estado da Bahia. Cerca de 17,27% dos filhos menores teve guarda foi compartilhada entre os dois pais. Somente Cuiabá (MT) e Goiânia (GO) não registraram nenhum caso de guarda compartilhada no período