Começou nesta segunda-feira (27) a aplicação da vacina bivalente da Covid-19 nos internos do sistema prisional de Salvador. O primeiro grupo a receber a vacinação foram mulheres custodiadas no Conjunto Penal Feminino Lemos de Brito, no bairro de Mata Escura.
Além das detentas da unidade, conforme a prefeitura, os trabalhadores do sistema prisional também irão receber o imunizante. Em seguida, o cronograma deve se estender para todos os presídios da capital ao longo da semana.
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De acordo com a prefeitura, a estratégia respeita os mesmos critérios para aplicação da vacina, com o intervalo de 4 meses entre a última dose e a atual. O imunizantes oferece uma dupla proteção contra à doença, a cepa da Ômicron e variantes.
Especialistas em saúde pública destacam a importância de iniciativas como esta, uma vez que a vacinação em presídios é uma medida importante para proteger a saúde dos detentos, funcionários e da sociedade como um todo.
Os profissionais argumentam que nesses locais aumenta-se o risco de disseminação de doenças infecciosas, incluindo a Covid-19, devido ao confinamento de pessoas.
Outro ponto relevante é que muitos funcionários dos presídios também correm o risco de contrair e transmitir a doença, já que estão em contato direto com os detentos. A vacinação nesses casos também é importante para proteger esses profissionais e suas famílias.
Além do sistema prisional, a vacinação com a bivalente já contempla em Salvador os idosos a partir de 60 anos, imunocomprometidos, quilombolas, as pessoas assistidas em instituições de longa permanência com 12 anos ou mais e os respectivos trabalhadores destes Centros de Acolhimento, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, pessoas com deficiência permanente e adolescentes de 12 a 17 anos sob medidas socioeducativas.
A ampliação dos grupos prioritários ocorre de forma escalonada, conforme cronograma do Ministério da Saúde.
A vice-prefeita da capital e secretária da pasta, Ana Paula Matos, acompanhou a ação nesta segunda-feira juntamente com a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, e do secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, José Antônio Maia Gonçalves.
“A vacinação dos presidiários ainda permeia alguns debates porque muitos questionam a oferta do serviço para este público, levando em consideração as infrações cometidas. Entretanto, é preciso continuar tratando a saúde como um direito assistido à toda população, considerando a exposição à infecção e impacto da doença vivida pela situação de encarceramento”, afirmou Ana Paula Matos.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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