Após a manhã de trânsito caótico nas ruas de Salvador, Daniel Mota, diretor do Sindicato dos Rodoviários, negou a informação de uma nova paralisação no final da tarde desta quarta-feira (15). Ainda de acordo com Mota, alguns ônibus que começaram a sair das garagens por volta das 8h e não estão parando nos pontos, estão cumprindo a chamada "abertura da viagem". Ou seja, alguns ônibus precisam chegar até ao final de linha, que nem sempre é próximo às saída das garagens, para depois começar a circular normalmente. Daniel Mota e outros diretores do sindicato estão reunidos com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) para discutir a campanha salarial da categoria, que deve ser debatida até o final do mês de abril.
Chuva e ProtestoA paralisação dos rodoviários é em apoio ao movimento nacional que protesta contra a aprovação do Projeto de Lei da Terceirização, aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada. O projeto permite a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade dentro de uma empresa. Segundo o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, a prefeitura acompanhou a reunião dos rodoviários e negociou com a categoria o horário da paralisação. “Inicialmente, eles queriam fazer uma paralisação no meio do dia. Conseguimos fechar para o início da manhã e estamos negociando para que a paralisação não seja de 100% da categoria”, afirmou Mota. A última interrupção do serviço de transporte público de Salvador aconteceu no dia 3, depois que um cobrador e um passageiro ficaram feridos durante protesto na Ribeira, onde um ônibus foi incendiado. Rodoviários bloquearam as estações Pirajá e Mussurunga. Um protesto do Sindicato dos Comerciários na manhã desta quarta deixou as lojas fechadas e complicou o trânsito da Avenida Sete de Setembro, em Salvador. Quem aderiu ao protesto é contra o Projeto de Lei 4330/2004, que segundo o sindicato põe os empregos formais em risco. O projeto da terceirização foi votado na Câmara dos Deputados no dia 8 de abril e o texto principal da PL foi aprovado. Bastante polêmico, o plano recebeu 324 votos a favor, 137 contra e 2 abstenções.
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