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SALVADOR

Soteropolitana organiza ato em Nova York em apoio a manifestantes

O ato é em apoio aos protestos contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo e em outras cidades brasileiras

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14/06/2013 às 19:38 • Atualizada em 27/08/2022 às 4:20 - há XX semanas
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Os protestos contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo e em outras cidades brasileiras sensibilizou brasileiros que moram nos Estados Unidos. A soteropolitana Juliana Oliveira Otero, de 31 anos, mora em Nova York e está organizando um ato em apoio aos manifestantes brasileiros, programado para acontecer no Central Park, um dos mais famosos da cidade, no final de tarde deste domingo (16). Em entrevista ao iBahia, Juliana diz que conta com a ajuda de um amigo brasileiro, que também vive em Nova York, para organizar o ato, no qual haverá apenas cartazes. "[O objetivo é] mostrar aos manifestantes aí no Brasil que eles não estão sozinhos, que não está sendo em vão, que eles têm apoio de outras pessoas, mesmo que de longe", afirma a soteropolitana. "Queremos passar um pedido de paz neste momento. Queremos que os olhos do mundo se voltem para o Brasil. E não para o Brasil maquiado, sede de copa e olimpíada, mas para o Brasil de verdade, que se intitula nação democrática, mas cala a boca do povo que clama por seus direitos, com gás lacrimogêneo, bomba de efeito moral e cassetete", conta a soteropolitana, que é psicóloga. Veja também: Movimento Passe Livre já está sendo organizado em Salvador Até o momento, apenas brasileiros confirmaram a participação. Como este domingo é dia dos pais nos Estados Unidos, não é esperado, à princípio, a adesão grande da população americana. "Mas serão, é claro, muito bem vindos!", adianta Juliana.
Juliana Oliveira Otero organiza com amigo brasileiro ato em Nova York
A psicóloga relata que ficou por dentro das manifestações através da internet, já que não assiste jornal do Brasil em Nova York. "Vi, durante essa semana, alguns amigos postando no Facebook a sua indignação contra a 'baderna' que os 'vândalos' estavam fazendo, e corri atrás de me informar. E hoje eu vi uma serie de vídeos que me embrulharam o estômago! Fiquei chocada com a maneira que essas pessoas estão sendo tratadas, não só pela polícia e pelo Estado, mas pelos outros brasileiros - por quem eles estão lutando também!", afirma. Juliana pensou como os manifestantes estão se sentindo. "Imagino que isso deve cair como um balde de agua fria! Sair a rua, ser constrangido, humilhado, apanhar, correr risco de ser preso e ainda ser chamado de vândalo, baderneiro, vagabundo, por quem deveria estar lutando aí do seu lado! E pensei numa forma de mostrar para essas pessoas que estão nas ruas que não desanimem! Que a causa é justa e, mesmo de longe, eles tem o nosso apoio!", completa.
"Queremos que os olhos do mundo se voltem para o Brasil"
O ato vai apoiar não só os manifestantes de São Paulo, mas também os protestos em outras cidades brasileiras. Segundo a soteropolitana, é para que outras pessoas, em outras cidades, também se sintam encorajadas a irem às ruas. "De brasileiro pra brasileiro: 'força! Mesmo de longe, nos estamos aí, do lado de vocês!'. Essa é a mensagem", conta Juliana. Outros brasileiros que vivem no exterior estão organizado manifestações em outras cidades. O evento 'Democracia não tem fronteiras', no Facebook, reúne atos em prol dos manifestantes marcados em Paris, Londres, Berlim, Dublin, Barcelona, Chicago e Vancouver, por exemplo.

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