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Suspeita de integrar crime com motoristas por app vai a júri popular

Chacina acontece foi em dezembro de 2019 e Amanda segue presa desde então aguardando o julgamento

Redação iBahia • 19/04/2023 às 8:06 - há XX semanas

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					Suspeita de integrar crime com motoristas por app vai a júri popular
Foto: Divulgação

A travesti suspeita de ter envolvimento na chacina de motoristas por aplicativo no ano de 2019, em Salvador, vai a júri popular nesta quarta-feira (19). O crime foi registrado no bairro de Santo Inácio e Amanda é a única suspeita viva. Ela está presa há4 anos e o julgamento será no Salão do Júri do Fórum Ruy Barbosa.

Serão julgados os homicídios de Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias. Será analisado também a tentativa de homicídio de um 5º motorista.

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O júri está marcado para 8h e será comandado pela juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto. A promotora do caso será Mirella Barros Conceição Brito e a ré será defendida pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA). Serão 29 jurados.

Amanda é o nome social da acusada. Segundo informações do g1, inicialmente, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) a identificava pelo nome de registro, que ainda é utilizado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Em nota, o DPE-BA afirmou que tem a missão constitucional de assegurar ampla defesa, integral e gratuita a qualquer pessoa que precise dos nossos serviços.

no dia 13 de dezembro de 2019, por volta das 4h, na localidade conhecida como "Paz e Vida" , na entrada do bairro Santo Inácio.

Os mortos são:

- Sávio da Silva Dias, de 23 anos;

- Alisson Silva Damasceno, de 27 anos;

- Daniel Santos da Silva, de 31 anos;

- Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos.

Os suspeitos são:

- Jeferson Palmeira Soares Santos, conhecido como "Jel": apontado como mandante do crime; (encontrado morto dois dias depois do crime)

- Antônio Carlos Santos de Carvalho, de 19 anos: apontado por envolvimento; (morreu em confronto com policiais no mesmo dia do crime)

- Marcos Moura de Jesus, de 30 anos: apontado por envolvimento; (morreu em confronto com policiais no mesmo dia do crime)

- Amanda: apontada por envolvimento.

Crime

- No local, foram encontrados os corpos dos quatro motoristas. Eles estavam enrolados em lonas de plástico.

- No mesmo bairro, três carros que seriam dos motoristas foram localizados. Outro veículo foi achado no pedágio da cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

- Na tarde da sexta-feira, poucas horas após o crime, motoristas de aplicativos fizeram uma carreata pelas ruas de Salvador para pedir mais segurança.

Investigações

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Amanda disse à polícia que o objetivo do grupo era roubar os veículos das vítimas. Ela ajudou a acionar as vítimas, através dos aplicativos. O depoimento dela contrariou a versão divulgada pelo então governador Rui Costa, de que os assassinatos teriam sido ordenados por um traficante, após motoristas por app negarem corrida à mãe dela.

"A hipótese de vingança foi descartada. Eles não queriam matar porque um motorista negou socorro a mãe de um deles. O objetivo era roubar dinheiro e os carros", explicou o delegado Odair Carneiro, responsável pelo caso, na época.

Único sobrevivente

Em entrevista exclusiva à TV Bahia, o sobrevivente da chacina contou que não conseguiu dormir após o crime por causa do trauma. Ele também relembrou como foi abordado pelos criminosos, disse que pediu para não ser morto e falou do momento em que foi torturado. O motorista conseguiu escapar dos criminosos depois que uma das vítimas, outro motorista por aplicativo, lutou com os suspeitos.

O motorista contou que saiu às 5h para abastecer o carro e começou a trabalhar. A primeira corrida foi no bairro de Pau da Lima, também na capital baiana. Em seguida, ele foi para o bairro de Santo Inácio, onde foi abordado pelos criminosos.

O homem disse que quando chegou em um barraco, viu uma pessoa deitada, morta e outro rapaz amarrado nos pés e nas mãos. Ele pediu para não morrer, e um dos criminosos perguntou se ele tinha dinheiro. Diante da negativa da vítima, o homem disse: "Então, você vai morrer".

A vítima resolveu perguntar a um homem, chamado de Coroa pelos comparsas, o motivo do crime. "Irmão, por quê? Eu sempre trabalhei de Uber, não discrimino quem quer que seja. E teve o Coroa que me respondeu: "Mataram toda minha família e eu vou matar vocês. A todo momento eu percebia que eles tinham a intenção só de matar. Porque eles deixavam ver o rosto deles. Diziam: Olhe pra mim. Olhe pra mim, que você vai pro inferno primeiro e depois, num dia, a gente se encontra lá na frente", contou.

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