Chegou ao fim a investigação do caso que envolveu o roubo, seguido de morte, de um engenheiro no bairro da Barra, em Salvador, em setembro de 2015. O autor do crime foi encontrado e identificado, com a conclusão do inquérito.
O homem tem 31 anos e cumpre pena da Penitenciária Lemos Brito pelos crimes de latrocínio e furto. Ele foi identificado por meio da combinação de materiais genéticos encontrados na bituca de um cigarro deixado na cena do crime.
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Os dados do autor do crime foram inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), após o trabalho de investigação da 14ª Delegacia Territorial (DT) da Barra e de peritos da Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central de Polícia Técnica (LCPT).
Segundo a Polícia Civil, só foi possível realizar a compatibilidade entre os genes após o Departamento de Polícia Técnica (DPT) iniciar, em 2018, um trabalho de coleta de DNA de suspeitos condenados por crimes graves e inserí-los no BNPG.
Em janeiro deste ano, as equipes de genética forense que realizaram os exames dos materiais coletados, detectaram a conexão entre os genes biológicos, indicando o principal suspeito do crime.
Após ser identificado, o homem foi interrogado durante seis horas pela delegada Mariana Ouais, titular da 14ª DT e responsável pelo caso. O homem confessou como aconteceu o crime, de forma "fria e detalhada".
“Ele não aparentava estar arrependido por ter tirado uma vida, mas sim por que isso agravaria a pena. Durante a conversa ele tentava fugir dos assuntos, mas chegou o momento que ele confessou todo o crime”, explicou.
O inquérido foi concluído com o indiciamento do preso pelo crime latrocínio. Caso seja condenado, ele pode pegar até 30 anos de reclusão.
Relembre o caso
No dia 13 de setembro de 2015, equipes da Delegacia Territorial da Barra foram acionados após o corpo do engenheiro Sérgui de Brito Domingos, ser encontrado dentro do banheiro de uma das sauítes do apartamento em que vivia. Segundo a polícia, ele estava com as mãoes e pés amarrados, bastante ensanguentado, com perfurações feitas por uma faca e com sinais de espancamento e estrangulamento.
“Assim que os investigadores chegaram ao local, perceberam que o apartamento estava bastante revirado e com sinais aparentes de uma briga que antecedeu a morte”, detalhou Ouais.
Na época, uma perícia foi solicitada e equipes do DPT coletaram evidências que poderiam levar a identificação do autor do crime. O material foi encaminhado para a Coordenação de Genética Forense, onde os cruzamentos foram feitos com diversos suspeitos até o autor ser identificado.
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Redação iBahia
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