Apesar de ter confessado participação na morte do cantor e compositor Felipe Yves Magalhães, 21 anos, Andrei de Jesus dos Santos, o Lacoste, 22, pode ser solta a qualquer momento. Isso porque o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) negou na manhã desta quinta-feira, 9, o pedido de prisão temporária solicitado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP).
De acordo com fontes ligadas ao DHPP, o pedido foi feito na noite de quarta-feira, mas negado por uma juíza do Plantão Judiciário, alegando que não há motivos suficientes para sustentar a prisão, como a exemplo de laudo cadavérico e prova material do crime. “É difícil de acreditar. Estamos bem servidos com essa nossa Justiça, em especial a baiana”, declarou um dos investigadores do DHPP que está no caso Felipe Yves.
Leia também:
Andrei e um adolescente de 17 anos foram encontrados com um revólver calibre 38, que teria sido usado no crime, no bairro da Boca da Mata, onde Felipe Yves foi brutalmente assassinado – ele baleado, decapitado e depois teve o corpo queimando na localidade de Independência, região dominada pela facção Bonde do Maluco (BDM).
A prisão temporária foi solicitada também para o líder do BDM na Boca da Mata, Ueslei Silva Sarinho, o Helis, apontado nas investigações como o principal envolvido no crime. Informações dão conta de que ele não está mais na região de Cajazeiras, mas a polícia tem intensificado as buscas na região metropolitana de Salvador, Como Camaçari, Simões Filho e Dias d’Ávila, após apurações do Serviço de Inteligência (SI) da Secretaria de Segurança Pública.
Rivalidade
Ainda de acordo com fontes do DHPP, Felipe Yves foi assassinado pouco depois da 5h de segunda-feira. Andrei e o adolescente contaram aos investigadores que o cantor chegou passou a madrugada bebendo na Independência.
“Ainda não sabemos exatamente como ele chegou lá (Independência), mas que num determinado momento, os traficantes perguntaram quem ele conhecia na comunidade, foi aí que resolveram mata-lo”, contou a fonte.
Felipe Yves disse que conhecia um rapaz chamado Euler, que mora na localidade de Fazenda Grande II, região que dominada por traficantes rivais.
“Então, levaram ele para um matagal, perto de um campo de futebol e o mataram. Felipe morreu com quatro tiros”, disse o policial.
Protesto
Ainda estarrecidos com toda situação, parentes não quiseram falar sobre o assunto nesta manhã. No entanto, eles organizam um protesto na manhã deste domingo. Horário e local ainda não foram divulgados.
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!