A polícia acredita que o segurança Josemar dos Santos, condenado pela morte do servidor Neylton da Silveira, pode ter sido assassinado. Ele estava em liberdade por conta de um habeas corpus e está desaparecido há quase um mês. O carro que ele dirigia foi encontrado queimado dois dias depois do sumiço. Josemar foi julgado e condenado a 14 anos pelo crime, que aconteceu em 2007. No julgamento, em maio deste ano, foi exibido um vídeo em que ele confessaria o crime, mas a defesa alegou que não tinha validade por conta da ausência do Ministério Público e de supostas coerções sofridas pelo vigilante. No dia 15 de novembro passado, Josemar saiu de casa e não voltou. Ele estava em liberdade desde dezembro de 2011, por conta de um habeas corpus - antes, ele estava preso desde 2007 acusado de envolvimento na morte de Neylton. Mesmo condenado este ano, ele não voltou à prisão porque o juiz entendeu que ele não representava riscos à sociedade. Josemar trabalhava como prestador de serviços na construção civil. A mulher dele, Fernanda, disse à TV Bahia que o último contato do marido foi exatamente à meia noite do dia 15, quando ligou avisou que estava voltando para casa. O carro de Josemar foi encontrado queimado na Lagoa do Abaeté. Apesar do envolvimento dele no caso Neylton, a polícia acredita que o desaparecimento não tem ligação com isto. "As investigações apontam que não há conexão com aquele crime que ocorreu anteriormente. Ele continua desaparecido, mas nós estamos avançando nas investigações (...) Existe indicativos de que pode ter havido um homicídio", diz o delegado Juvêncio Mendes.
Crime e mandantesNeylton foi encontrado morto dentro das dependências da SMS, no Comércio, com marcas de estrangulamento e espancamento. Ele era subcoordenador de contabilidade e trabalhava no setor de pagamentos das empresas que prestavam serviços à prefeitura. Investigações encontraram irregularidades em vários contratos, com desvios de dinheiro público que chegaram a R$ 80 milhões. O MP chegou a acusar a ex-subsecretária municipal de saúde Aglaé Souza e a consultora técnica Tânia Pedroso como mandantes do crime, mas as duas foram excluídas do processo pela Justiça. Apesar do Ministério Público apontar a hipótese de que Neylton foi morto porque sabia de possíveis improbidades administrativas dentro do secretaria, o que caracterizaria uma "queima de arquivo", a ex-subsecretária e da ex-consultora financeira, foram retiradas do processo também por falta de provas. Matéria original: Correio 24h Vigilante condenado no caso Neylton está desaparecido
Jair e Josemar (à dir.) foram denunciados pelo Ministério Público estadual |
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