Vítima de acidente na H. Dias morreu no dia em que filho nasceu

O cabo reformado do Exército Egnaldo Santos Neris, 32 anos, morreu após colidir com um Fiat Brava no fundo do ônibus da empresa São Cristóvão, que fazia a linha Sussuarana/Barroquinha, ontem pela manhã, na Avenida Heitor Dias, em Vila Laura. Com o impacto, o carro prata, de placa GYZ-6719, ficou completamente destruído e o corpo de Egnaldo se prendeu entre as ferragens. Ele era casado e a esposa havia dado à luz a um menino, no mesmo dia do acidente. “Ela está no hospital e ainda não sabe o que aconteceu. Não sabemos como vamos dar essa notícia”, contou Telmo dos Santos, irmão da vítima. Ainda segundo ele, Egnaldo tem um irmão gêmeo. “Não sabemos o que aconteceu. Estava em casa quando me ligaram e é difícil de acreditar”, disse. Segundo testemunhas, o Fiat vinha em alta velocidade e colidiu no ônibus, que estava parado. Chovia na ocasião. O acidente aconteceu por volta das 9h30, nas imediações da Ladeira do Capoteiro, sentido Rótula do Abacaxi. O ônibus, de placa NTH-7306, tinha acabado de sair da garagem e parou para desembarque de passageiros. “Vi pelo retrovisor só o vulto do carro na direção do fundo do ônibus. Ele veio em alta”, disse o motorista do coletivo Linsmar do Amor Divino da Silva, 35. “Na hora do impacto, os passageiros levaram um tombo e foi um pânico total. Apesar do susto, ninguém saiu ferido. Uma viatura da Polícia Militar que passava no local acudiu as pessoas”, contou Linsmar.

Com a violência da batida, o Fiat Brava ficou parcialmente encaixado debaixo da traseira do ônibus. Além de sangue, dentro do que restou do carro havia um bicho de pelúcia, chaveiro, refrigerantes e os documentos pessoais de Egnaldo, morador do Alto do Formoso, no bairro de São Caetano. No porta-malas, havia instrumentos musicais. “Tinha dois pratos de bateria e um tambor de percussão”, disse o cobrador Lázaro Leal Santos, 40. O acidente foi registrado na 6ª Delegacia, nos Galés, mas, como não havia delegado na unidade, o levantamento cadavérico foi realizado pela delegada Neuza Conceição, que estava no Plantão Metropolitano na 9ª Delegacia, na Boca do Rio. “Até a tarde de ontem não foi localizada a carteira de habilitação da vítima e o documento do veículo”, declarou a delegada. Ainda de acordo com ela, parentes da vítima não tinham sido ouvidos.