Peças criadas com BioCouture
Foto: sentbyromy
A indústria da moda ainda é extremamente poluente e até hoje são poucas as alternativas sustentáveis nesse sentido. Em geral, os fabricantes usam tecidos de origem animal, como couro, lã e seda; vegetal, como o algodão; e sintéticos, criados a partir do petróleo. Mas todas estas matérias-primas ainda têm um forte impacto ambiental. Agora, uma nova geração de roupas sustentáveis está surgindo – e algumas tecnologias permitem que você faça seu próprio tecido em casa.
Um dos destaques na busca desta moda mais amigável ao meio ambiente é a pesquisa da designer de moda Suzanne Lee, que desenvolveu um método que permite que qualquer pessoa crie seu próprio tecido em casa, utilizando apenas chá verde, açúcar, levedura e um pouco de vinagre. A ação dos fungos sobre a mistura produz camadas de celulose com o aspecto semelhante ao de um papiro que podem ser usadas como tecido. O material ganhou o nome de BioCouture e sua receita está disponível aqui. A partir da criação, Suzanne já produziu jaquetas, saias, camisas e até sapatos.
Jaqueta produzida a partir da solução
Imagem: Reprodução/Youtube
Mas o tecido fabricado por Suzanne com a ajuda dos fungos não é a única criação do gênero. Iniciativas similares criam tecidos biodegradáveis que consomem menos recursos do que os materiais convencionais. Atualmente, a designer trabalha como diretora criativa na empresa Modern Meadow, que está desenvolvendo um couro a partir da cultura de células de animais em laboratório. O produto deverá começar a ser comercializado já nos próximos anos.
Vestido de casamento
Outro exemplo foi o vestido de casamento a base de fungos criado pela artista Erin Smith, que trabalha para a Microsoft Research. Para fazer o tecido, ela usou a parte branca do fungo, conhecido como micélio. E, depois de usada, a peça pode ser descartada ao ar livre para se decompor.
Pesquisadores do MIT também fazem sua parte no desenvolvimento desta nova moda verde. A tecnologia criada por eles, conhecida como BioLogic, usa uma bactéria que reage à umidade do ambiente se expandindo ou diminuindo de tamanho para criar roupas inteligentes. Usada em tecidos, ela deu origem a um tecido que foi apelidado de Second Skin (“Segunda Pele”, em português) e seria capaz de detectar a umidade do corpo, expandindo-se quando necessário para permitir a passagem do ar através da roupa. Olha só:
Biologic from Tangible Media Group on Vimeo.
Embora a maior parte dessa tecnologia ainda esteja em desenvolvimento e possa representar um alto custo para o consumidor final quando for colocada à venda, ainda é possível utilizar a receita disponibilizada por Suzanne Lee para criar o seu couro em casa e fazer suas próprias roupas de maneira sustentável. Já pensou?
(Via Hypeness)
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Redação iBahia
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