Super-herói dos quadrinhos, o Super-Choque, é capaz de controlar a eletricidade/Foto: Keron Grant
Se você acha que já viu de tudo em relação à geração de energia, prepare-se para isto: em um futuro bem próximo, o seu celular funcionará apenas com umas sacudidelas no bolso e uns tapinhas. Isto porque cientistas estão pesquisando maneiras de captar a energia humana – aquela que você produz ao andar ou digitar um texto, por exemplo – para gerar eletricidade.
Inicialmente, a tecnologia será aplicada somente na utilização de aparelhos eletrônicos, dificultando assim o sonho de nos igualarmos ao Super-Choque (foto acima) – super-herói da DC Comics capaz de controlar a eletricidade.
A coleta da energia presente nos arredores ou na movimentação de uma pessoa poderá desde facilitar a autonomia e autosuficiência de equipamentos médicos, como a bomba de insulina e marca-passos, bem como aumentar a duração de baterias de smartphones e notebooks.
No entanto, é improvável que a energia humana gere eletricidade suficiente para abastecer todos os equipamentos eletrônicos de uma casa, por exemplo. Pois, uma das principais dificuldades atuais dos cientistas é concentrar esta energia, altamente difusa no ambiente.
Inusitados
Para a obtenção de eletricidade, vale até a utilização de vírus – sim, igual aquele que transmite gripes. O vírus M13 modificado, que normalmente infecta bactérias, foi utilizado por um grupo de cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, para traduzir pressão em eletricidade.
A tecnologia consegue gerar 6 nanoamperes de corrente e 400 milivolts de potencial, aproximadamente um quarto da saída de uma pilha AAA – para ter potencial útil é necessário, no mínimo, a geração de 50 nanoamperes.
Cientistas criaram dispositivo que gera energia quando acoplado ao joelho/Foto: fore
Outro grupo de pesquisadores, do Reino Unido, desenvolveu uma joelheira que reúne elétrons com o caminhar. Ao flexionar o joelho, quatro lâminas no dispositivo são “puxadas” e, em seguida, vibram como a corda de violão para produzir eletricidade.
O dispositivo só consegue produzir 2 miliwatts de energia, mas pesquisadores esperam atingir 30 miliwatts com algumas modificações. A pretensão é que, quando a produção aumentar, a unidade do dispositivo seja vendida por 10 euros.
Apesar dos avanços na coleta de energia das formas mais improváveis, ainda deve demorar um pouco para que tenhamos tecnologia suficiente para ativar o Super-Choque que existe em nós. Além de coletores mais potentes, os pesquisadores afirmam que para conseguir ligar a televisão com a energia produzida com o nosso corpo precisaremos de equipamento que utilizem cada vez menos eletricidade.
Com informações da Scientific American
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