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A um mês da Rio+20, hospedagem ainda é problema

Após o parlamento europeu cancelar a vinda da delegação de deputados para a conferência devido às diárias em torno de R$ 1,5 mil, os organizadores da Cúpula dos Povos ameaçam espalhar acampamentos pelas ruas do Aterro do Flamengo, para abrigar as 9 mil pessoas que ainda não têm onde ficar durante o evento.

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14/05/2012 às 14:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 14:19 - há XX semanas
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Participantes da Cúpula dos Povos ameaçam acampar na zona sul do Rio/Foto: Rototom sunsplash

O alto custo da hospedagem na capital carioca durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) entrou mesmo na lista de preocupações oficiais do governo. Após o parlamento europeu cancelar a vinda da delegação de deputados para o evento devido às diárias em torno de R$ 1,5 mil, os organizadores da Cúpula dos Povos ameaçam espalhar acampamentos pelas ruas do Aterro do Flamengo, para abrigar as 9 mil pessoas que ainda não têm onde ficar durante o evento.

O número representa a metade do público estimado para o encontro. Segundo os organizadores, até o momento, a Prefeitura do Rio disponibilizou duas escolas municipais, com capacidade total para mil pessoas, e o sambódromo, que comportará as 8 mil restantes.

De acordo com a prefeitura, esta semana será lançado um portal com indicações de quem queira receber visitantes. O governo municipal afirmou ainda que estuda alternativas de hospedagem. O órgão municipal proibiu os acampamentos no Aterro do Flamengo, disponibilizando a Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, à Cúpula dos Povos.

O presidente do grupo de trabalho da prefeitura do Rio para a Rio+20, Sergio Besserman, esclareceu à Agência Brasil que, da Marina da Glória até o Aeroporto Santos Dumont, “se eles tiverem interesse, há espaço suficiente” para a Cúpula dos Povos. Mas não serão permitidos acampamentos. “Se houver necessidade de algum acampamento, como na Rio 92, tem que ser na Quinta [da Boa Vista]. Já as tendas onde ocorrerão os debates poderão ser montadas no aterro", ponderou Besserman.

Pressão

Na sexta-feira, 11 de março, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, admitiu que o governo está preocupado com a falta de quartos e o preço cobrado pelos hotéis na cidade, mas minimizou o impacto do tema no sucesso do evento.

A pressão do governo sobre a rede hoteleira fez com que esta concordasse em reduzir os preços da hospedagem. De acordo com o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Flávio Dino, as tarifas cobradas no período serão reduzidas em mais de 20%, preço que valerá também para os contratos que já foram assinados com hotéis do Rio.

Além disso, a rede hoteleira decidiu que vai acabar com a exigência de um pacote mínimo de sete dias para os participantes da conferência. A expectativa é de que 50 mil pessoas venham ao Rio para participar da conferência.

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