O objetivo de incentivar a oferta de lanches com baixa caloria, alto valor nutritivo e diminuir a incidência da obesidade infantil.
Foto:Jessica Lucia
Alunos de escola particulares terão acesso a alimentação saudável nas cantinas, depois de acordo assinado entre o Ministério da Saúde e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), que tem cerca de 18 mil colégios associados. No mesmo evento foi apresentado o Manual das Cantinas Escolares Saudáveis: promovendo a alimentação saudável, com o objetivo de incentivar a oferta de lanches com baixa caloria, alto valor nutritivo e diminuir a incidência da obesidade infantil.
O material traz diversas orientações, como substituição de alimentos fritos por assados e de industrializados por opções mais naturais, menos calóricos, livres de conservantes, com menos gorduras, açúcar e sódio. Uma tabela traz dicas de lanches, com quantidades diferentes para cada faixa etária, e orientações para manter a limpeza não só dos alimentos, como do ambiente e dos funcionários. Didaticamente, o manual traz ainda um cronograma para que as escolas se adequem e mantenham boas práticas de segurança alimentar.
Obesidade acentuada
Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009 (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que, 34,8% das crianças com idade entre 5 e 9 anos, está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.
Já na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso. Para se ter uma ideia, em 1970, este índice estava em 3,7%. A manutenção do peso adequado desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de doenças na fase adulta.
Os maus hábitos alimentares dos estudantes brasileiros também podem ser constatados nos resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense/2009), do IBGE. O levantamento apontou que apenas um terço dos alunos matriculados no ensino fundamental da rede privada consome frutas e hortaliças em cinco dias ou mais na semana. Já refrigerantes e frituras fazem parte da rotina alimentar de 40% dos alunos.
Os hábitos ruins da infância podem se refletir na idade adulta. Nos últimos seis anos, o Brasil tem aumentado o percentual de pessoas acima do peso. De acordo com o Vigitel 2011, realizado pelo Ministério da Saúde, a proporção de adultos com sobrepeso avançou de 43%, em 2006, para 49%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. O Vitigel faz estimativas de fatores de risco ou proteção para doenças crônicas na população adulta de cada uma das capitais dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.
Doenças Crônicas
O incentivo à alimentação saudável nas escolas é uma estratégia do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011. Essas doenças são causadas por fatores como idade, tabagismo, obesidade, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, gorduras, sal e sedentarismo. Elas atingem, principalmente, os aparelhos circulatório e respiratório, além de se manifestarem como câncer e diabetes. No Brasil, 72% das mortes registradas estão relacionadas a DCNT, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com dados do IBGE, os adolescentes brasileiros consomem mais salgadinhos (sete vezes mais), biscoitos recheados (quatro vezes mais), biscoitos doces (mais de 2,5 vezes mais) e biscoitos salgados (50% a mais) que os adultos.
Com informações do Portal Brasil.
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