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Adis Abeba: destaques de terça (14) da Conferência sobre o Financiamento para o Desenvolvimento

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15/07/2015 às 14:00 • Atualizada em 30/08/2022 às 16:39 - há XX semanas
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Durante o segundo dia da Terceira Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, realizada em Adis Abeba (Etiópia), entre os dias 13 e 16 de julho, dezenas de reuniões paralelas abordaram os mais variados temas, como financiamento da infraestrutura científica, investimentos na educação, financiamentos inovadores para a saúde, transparência e redução da pobreza, etc. Veja a lista completa dos encontros paralelos clicando aqui.

Abaixo, alguns destaques das reuniões.

Participação do setor privado é essencial para o desenvolvimento sustentável, diz chefe da ONU em Foro de Negócios

“Peço aos líderes da indústria privada – incluindo CEOs e investidores institucionais – para ser parte da solução e a considerar novos compromissos para investimentos em desenvolvimento sustentável”, disse o secretário-geral Ban Ki-moon durante o Foro de Negócios, que aconteceu em paralelo à Conferência de Adis Abeba.

“Peço também um maior engajamento no investimento socialmente responsável e em assuntos sociais e de governança ambiental”, completou.

O objetivo deste encontro é oferecer uma oportunidade para as empresas e investidores influenciarem o diálogo global a fim de assegurar um ambiente favorável para as empresas; destacar o papel e o sucesso dos setores privados no fornecimento de soluções de desenvolvimento e demonstrar a capacidade do setor privado para expandir e acelerar o progresso dada sua criatividade, capacidade de inovação, habilidades técnicas e de gestão e recursos financeiros.

Outras informações sobre o Foro aqui.

Governo brasileiro e PnuD promovem painel ‘Ciência, Tecnologia e Inovação em Apoio os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável’

Para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), países em desenvolvimento precisarão aumentar o acesso à ciência e à tecnologia e inovação. Nesse contexto, o governo brasileiro e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PnuD), por meio do Centro Rio+, promoveram o painel Ciência, Tecnologia e Inovação em Apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, evento paralelo à programação da Terceira Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento.

O painel teve como moderador o assessor sênior do PnuD Brasil, Haroldo Machado Filho, que na ocasião também representava o Centro RIO+. Ele lembrou que “uma maior cooperação na área de ciência, tecnologia e inovação no contexto dos ODS pode ter um papel catalisador para a transformação requerida pela agenda do desenvolvimento sustentável”.

Entre 2002 e 2013, a maior parte Cooperação Sul-Sul brasileira foi direcionada às áreas de saúde, educação, agricultura, proteção social, meio ambiente, criação de empregos e, principalmente, ciência e tecnologia.

Saiba mais sobre este evento aqui.

Investir na igualdade de gênero vital para o crescimento econômico e para o desenvolvimento sustentável

Durante um evento paralelo organizado pela ONU Mulheres e o Banco Mundial para discutir o Financiamento para a Igualdade de Gênero, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que maiores investimentos em igualdade de gênero são vitais para que o mundo alcance um crescimento econômico sustentável.

“É evidente que não investimos o suficiente na igualdade de gênero”, disse Ban. “Sabemos que persistem lacunas na igualdade de gênero e no empoderamento das mulheres, fato que tem provocado uma barreira para a plena realização de cada um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)”.

“Vamos ter que fazer um esforço concertado para implementar as políticas de financiamento adequadas para assegurar que mulheres e homens, meninas e meninos sejam beneficiados com a nova estrutura de desenvolvimento global de forma igualitária e sustentável. Este é direito deles e deve ser o nosso legado.”

A ONU Mulheres afirmou que, além de aumentar a quantidade de financiamento através da ajuda pública ao desenvolvimento e de recursos internos como impostos, os países precisam adotar políticas públicas para abordar a raiz da desigualdade de gênero e da discriminação contra as mulheres em todas as áreas da vida.

Outras informações sobre este encontro, clique aqui.

Novos caminhos para a indústria na agenda pós-2015

“Não há um único país no mundo que tenha alcançado um desenvolvimento econômico duradouro e social sem ter passado por uma transformação na indústria”, afirmou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi), Li Yong, em um foro sobre formas de financiamento inclusivo e sustentável para o desenvolvimento industrial.

Lembrando o papel da indústria na agenda de desenvolvimento pós-2015, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que “Frequentemente, quando as pessoas pensam sobre a indústria, pensam sobre poluição ou práticas nocivas de trabalho. “Mas quando os países se industrializam de uma forma inclusiva e sustentável, podem criar empregos decentes e preservar seus recursos sem explorar o meio ambiente ou as pessoas. Este é o fundamento do Objetivo de Desenvolvimento 9”.

Alcançar os ODS requer mais do que finanças, disse o secretário-geral. “Estou convencido de que parcerias são “os o caminho para implementar a agenda de desenvolvimento pós-2015″, conclui.

Detalhes sobre o foro estão disponíveis aqui.

Cepal propõe alívio da dívida de países do Caribe e criação de fundo de resiliência sub-regional

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) propôs o alívio das dívidas dos países do Caribe por parte das instituições multilaterais credoras e a criação de um fundo regional de resiliência. Para a Comissão, a dívida impede dificulta os avanços econômicos e sociais da sub-região e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos para serem adotados em setembro.

A Cepal sugere que a Comunidade do Caribe (Caricom) chegue a um acordo com o Banco de Desenvolvimento do Caribe, com o Banco Mundial e com o Fundo Monetário Internacional para conseguir o perdão gradual da totalidade da dívida pública externa multilateral. A Comissão alega que os ajustes fiscais necessários para reduzir a dívida a níveis sustentáveis levariam esses países a uma recessão e lembra que esses fundos se destinaram a financiar medidas de recuperação depois do impacto de desastres naturais entre 1990 e 2014.

Em troca, os países beneficiários fariam pagamentos anuais a um fundo de resiliência para a região, que poderia ser administrado pelo Banco Desenvolvido do Caribe, que teria como principal foco financiar medidas de adaptação aos desastres, mitigação ao cambio climático e desenvolvimento social. Em 2013, cinco países do Caribe – Antígua e Barmuda, Barbados, Granada, Jamaica e Saint Kitts e Nevis – se encontravam entre os 20 países mais endividados do mundo.

Detalhes sobre a proposta estão disponíveis aqui.

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