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Agricultura brasileira deve se adaptar às mudanças climáticas, afirma Assad

A agricultura brasileira tende a ser fortemente afetada nas próximas décadas pelos efeitos das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. A constatação é de Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Segundo o especialista, o aquecimento do planeta afetará a produção agrícola em diferentes regiões do Brasil.

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28/07/2012 às 16:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 16:50 - há XX semanas
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cultura da soja - um dos principais produtos da agricultura brasileira
Cultura da soja - um dos principais produtos da agricultura brasileira. Foto: clisenberg

A agricultura brasileira tende a ser fortemente afetada nas próximas décadas pelos efeitos das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. A constatação é de Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.

Segundo o especialista, o aquecimento do planeta afetará a produção agrícola em diferentes regiões do Brasil. De acordo com Assad, nos últimos 100 anos, a temperatura da Terra se elevou em cerca de 0,8°C e a projeção é de que até 2100 este número possa chegar a 2° C. Com isto, o nível dos oceanos se elevará, aumentará a quantidade de chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e reduzirá na região Nordeste, além de parte da Floresta Amazônica ser substituída por uma vegetação de Savana.

“A agricultura brasileira vai ser atingida positivamente e negativamente. Algumas culturas serão mais atingidas do ponto de vista positivo, como cana-de-açúcar e trigo no Sul. A soja será negativamente atingida no Sul e no Centro-Oeste será mais positivo. No balanço geral tem perdas se continuar do jeito que está. O que nós temos de fazer é nos adaptar a isto”, alertou o pesquisador.

No balanço geral tem perdas se continuar do jeito que está. O que nós temos de fazer é nos adaptar a isto”
Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa

Diante deste cenário, as pesquisas para o desenvolvimento de cultivares adaptadas se faz essencial, como já ocorre com o feijão, em que o Instituto Agronômico do Paraná desenvolveu cultivares que não abortam flor com o aumento da temperatura.

Boas práticas

“Estamos trabalhando muito para reverter este processo. Como vamos ter plantas que sejam mais tolerantes a este tipo de situação, com ondas de calor, ondas de frio, abortamento de flores. A Embrapa Soja, por exemplo, está trabalhando com uma soja mais tolerante à deficiência hídrica. Temos que trabalhar para nos adaptar”, destacou o pesquisador, que acredita que boa parte das respostas para a adaptação das espécies agricultáveis está na biodiversidade do Cerrado.

Assad ainda ressaltou a importância de se adotar boas práticas agropecuárias, não só para contribuir com a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, mas também para minimizar os impactos das mudanças climáticas nas lavouras. “Exemplos extremos como a seca deste ano no Sul do Brasil mostram que a adoção de boas práticas agrícolas minimizam as perdas. Seguindo estas boas práticas podemos resolver muitos de nossos problemas."

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