Agricultura é área estratégica para a redução da pobreza, aponta publicação

A atividade representa 37% do comércio agrícola
Foto: IITA Image Library

A agricultura é um caminho para a geração de empregos e eliminação da pobreza - é o que defende o livro A distribuição das colheitas: agricultura, comércio e emprego, publicado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), durante a segunda semana de maio.

A publicação, que reúne estudos nacionais, regionais e mundiais, indica como o emprego no campo influencia os acordos regionais e multilaterais. Além disso, alerta sobre a importância de mais atenção política para o setor agrícola.

Para se ter ideia, a área emprega mais de um bilhão de pessoas nos países em desenvolvimento - apenas 48% da sua real capacidade de trabalho. Atualmente, a atividade representa 37% do comércio agrícola, apresentando um aumento de 7% desde o ano 2000. Segundo o livro, a relação entre comércio e emprego na agricultura é muito importante para a redução da pobreza e para as estratégias de desenvolvimento mais amplas.

O livro também pretende esclarecer como as mudanças na produtividade, na segurança alimentar, na migração de zonas rurais às urbanas, as qualificações e a regulamentação nacional afetam a relação entre o comércio e o emprego na agricultura.

Agricultura X Biodiversidade

Embora a agricultura possa ser vista como uma saída para o mundo, no que diz respeito a pobreza, há um confronto permanente entre a preservação da biodiversidade e esta atividade.

Isso porque as atividades agrícolas responsáveis, principalmente, pela obtenção do alimento, sempre exerceram uma das maiores pressões ambientais, pois utilizam às vezes, inadequadamente, os recursos naturais, promovendo grande degradação ambiental com a destruição de habitats e espécies, como mostrou o EcoD.

Porém, o caminho para a união dos dois pode ser o modelo agroecológico, que permite a incorporação das três dimensões da sustentabilidade (ambiental, econômica e social), possibilitando dessa forma uma orientação do desenvolvimento agrícola mais harmoniosa.

- Leia o livro na íntegra, em inglês (PDF) -