A ideia é que o defensivo agrícola seja utilizado emergencialmente até a safra 2014/2015
Foto: clisenberg
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o mesmo que afirmou que o uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras seria proibido a partir de dezembro de 2012, liberou a utilização do produto para combater emergencialmente uma praga nas lavras de algodão e soja. O defensivo agrícola permitivo teve seu registro negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2007 devido à presença do benzoato de emamectina, substância tóxica para o sistema neurológico.
A decisão, publicada no Diário Oficial, teve dois pareceres técnicos negados: o do Ibama e o da Anvisa - órgãos encarregados de avaliar os riscos do uso de agrotóxicos para o meio ambiente e a saúde pública. Esta é a segunda vez que o Mapa adota uma medida com escolha unilateral. A primeira foi em 1986, quando os defensivos foram liberados para combater uma praga de gafanhoto.
O objetivo do órgão é resolver o problema da praga da lagarta quarentenária A-1 Helicoverpa armigera em lavouras do oeste da Bahia. A ideia é que o defensivo agrícola seja utilizado emergencialmente até a safra 2014/2015.
Segundo o Mapa, a aplicação do benzoato será acompanhada por fiscais estaduais agropecuários e supervisionada por agentes federais. A utilização do produto deve ser realizada de acordo com as observações dos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde.
Outros cinco agrotóxicos tiveram liberação para o combate à praga, porém, esses possuem registros para serem utilizados em outras lavouras do país. São: Vírus VPN HzSNPV e Bacillus Thuringiensis (produtos biológicos), e Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe (produtos químicos).
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