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Alunos de escolas públicas perdem um dia de aula por semana

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30/07/2014 às 14:00 • Atualizada em 01/09/2022 às 0:13 - há XX semanas
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Crianças em sala de aula para refugiados, em Gaza
Foto: Shareef Sarhan/ONU

Alunos de escolas públicas da América Latina e do Caribe perdem o equivalente a um dia de aula a cada semana. A informação está em um novo relatório do Banco Mundial, lançado na última semana em Lima, no Peru.

O documento Grandes Professores: Como Melhorar o Aprendizado dos Estudantes na América Latina e no Caribe aponta que a razão seria a baixa eficiência dos docentes.

Segundo o órgão, o relatório foi feito com base em uma pesquisa que envolveu observações em mais de 15 mil salas de aula em 3 mil escolas de sete países, incluindo o Brasil.

O trabalho aponta como razões para que os estudantes "percam oportunidades", entre outras, "a má formação dos professores, seu baixo nível de competência e remuneração, assim como uma administração escolar ineficiente".

O documento aponta também que 75% dos docentes da região são mulheres e que os estudantes que se especializam nesta área, em geral, pertencem a um nível socioeconômico mais baixo

O vice-presidente do Banco Mundial para a região, Jorge Familiar, falou da importância da qualidade da educação para a ampliação das oportunidades para os latino-americanos. Ele também destacou, de forma positiva, o protagonismo dos professores na questão.

De acordo com o órgão, "a inovação, a competitividade, as reformas governamentais e a educação" são mencionadas como "mecanismos econômicos necessários para expandir a prosperidade". A entidade defende ainda que "muito mais precisa ser feito para recrutar, formar e motivar grandes professores".

Perfil

Segundo o relatório, os docentes latino-americanos atualmente têm baixos incentivos salariais, possuem mais educação formal do que outros profissionais e técnicos, e sua idade média está subindo.

O documento aponta também que 75% dos docentes da região são mulheres e que os estudantes que se especializam nesta área, em geral, pertencem a um nível socioeconômico mais baixo. A probabilidade de que seus pais não possuam diploma de ensino superior é maior.

Ainda de acordo com o trabalho, apesar de muitos países da região produzirem oferta excedente de novos docentes, é difícil encontrar professores "adequados ao ensino médio de matemática e ciências", por exemplo.

Prioridades

De acordo com o Banco Mundial, os desafios para a região são "diversificados" e o relatório ajuda a "identificar prioridades."

O documento elogia que a maioria dos países da América Latina e do Caribe esteja "concentrando o seu interesse na qualidade dos professores". É mencionada também a experiência da região com "programas inovadores e grandes reformas" para recrutar, formar e motivar os docentes.

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