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SUSTENTABILIDADE

Animais como mexilhão e lula geram bioplástico e podem ser alternativa ao petróleo

A produção de plástico costuma gerar muita polêmica porque, além de ser derivado do petróleo, um combustível fóssil que não é renovável, esse tipo de material leva muito tempo para se degradar no meio ambiente, onde muitas vezes acaba despejado. Mas cientistas de Singapura conseguiram desenvolver recentemente um "bioplástico" a partir de organismos marítimos como a lula e o mexilhão. Detalhe: com uma resistência similar ou superior a dos derivados de petróleo.

• 11/09/2013 às 14:55 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:32 - há XX semanas

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Sacolas plásticas convencionais são derivadas do petróleo e levam muitos anos para se decompor no meio ambiente
Foto: Topsy@Waygood

A produção de plástico costuma gerar muita polêmica porque, além de ser derivado do petróleo, um combustível fóssil que não é renovável, esse tipo de material leva muito tempo para se decompor no meio ambiente, onde muitas vezes acaba despejado.

Mas cientistas de Singapura conseguiram desenvolver recentemente um "bioplástico" a partir de organismos marítimos como a lula e o mexilhão. Detalhe: com uma resistência similar ou superior a dos derivados de petróleo.

A equipe da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU) e a Agência para a Ciência, Tecnologia e Pesquisa (AxSTAR) da cidade-Estado indicou que os novos biomateriais supõem uma alternativa mais ecológica aos produtos criados a partir do petróleo.

A pesquisa inclui a criação de um material flexível (muito parecido com o plástico) a partir dos tentáculos da lula, uma cola derivada dos mexilhões e um material elástico a partir dos ovos do caracol marinho

"Este estudo acelera o entendimento do projeto com a natureza e está dirigido a encontrar novos materiais para o futuro, principalmente aqueles que são mais sustentáveis que os plásticos atuais", indicaram os cientistas em comunicado, segundo informações da agência EFE.

Lula, mexilhões e caracol

Publicada nesta semana pela revista Nature Biotechnology, a pesquisa inclui a criação de um material flexível (muito parecido com o plástico) a partir dos tentáculos da lula, uma cola derivada dos mexilhões e um material elástico a partir dos ovos do caracol marinho.

Estes biomateriais podem ser utilizados como embalagem, cola e, inclusive, em implantes orgânicos.

Os cientistas combinaram o sequenciamento do ácido ribonucléico ARN e a proteômica - que estuda as funções das proteínas - com as ciências dos materiais, o que permitiu uma aceleração dos resultados para meses ao invés de anos de pesquisa.

O professor da NTU, Ali Miserez, que dirige a pesquisa junto aos doutores Paul Guerette e Shawn Hoon, declarou que a nova integração da proteômica e a ciência dos materiais têm um grande potencial tanto para a indústria quanto para os pesquisadores.

"A natureza tem muitos segredos que temos ainda que descobrir. O potencial de encontrar novos biomateriais em um tempo curto é imenso", declarou Miserez.

Segundo o cientista, eles conseguiram reproduzir artificialmente a proteína dos anéis de sucção lula com grande rigidez, dureza e resistência após terem identificado sua composição molecular.

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