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Apesar da redução do desmate, aves amazônicas correm alto risco de extinção

Segundo o levantamento, o risco de extinção aumentou para cerca de cem espécies da Amazônia, principalmente aquelas com maior expectativa de vida, como o Chororó-do-rio-branco (Cercomacra carbonaria), que sofre impactos de uma taxa moderada de desmatamento.

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08/06/2012 às 10:00 • Atualizada em 04/09/2022 às 0:23 - há XX semanas
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O joão-de-barba-grisalha (Synallaxis kollari) é uma das aves mais ameaçadas de extinção do bioma/Foto:Verasaves

A redução do desmatamento da Amazônia ainda não é suficiente para diminuir o risco de extinção que a retirada da floresta acarreta. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês) e a ONG BirdLife International divulgaram na quarta-feira, 6 de junho, uma atualização da Lista Vermelha de espécies ameaçadas de extinção, que revelou aumento de risco para as aves da região.

Segundo o levantamento, o risco de extinção aumentou para cerca de cem espécies da Amazônia, principalmente aquelas com maior expectativa de vida, como o Chororó-do-rio-branco (Cercomacra carbonaria), que sofre impactos de uma taxa moderada de desmatamento.

Outra espécie em destaque na lista é o João-de-barba-grisalha (Synallaxis kollari), cujo habitat já teria sido reduzido em mais de 80% nas últimas décadas. O pássaro alcançou o status de criticamente ameaçado, o nível mais preocupante da Lista Vermelha.

Situação

Os pesquisadores, baseado em modelos que projetaram o tamanho e o padrão de desmatamento na Amazônia, ressaltam que o risco de extinção das aves locais tinha sido subestimado até então. E, segundo eles, o provável novo Código Florestal pode piorar o cenário nos próximos anos.

A saída seria, além da redução ainda maior do desmate no bioma, o cumprimento dos compromissos internacionais de combate à perda de biodiversidade por parte do governo brasileiro e a criação de novas áreas protegidas. OProtocolo de Nagoya, documento regulamenta o uso e garante os direitos aos benefícios produzidos a partir dos recursos genéticos, foi encaminhado nesta semana para o Congresso para vigorar como lei no país.

O levantamento atualizou a situação de mais de 10 mil espécies de aves em diversas regiões do planeta. A situação mais preocupante, além da Amazônia, é no norte da Europa e na África. No total, 130 espécies são consideradas extintas; quatro extintas na natureza (só existem em cativeiro); 197 estão criticamente ameaçadas, 389 ameaçadas; 727 vulneráveis; e 880 quase ameaçadas.

Veja a lista completa de alterações aqui.

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