Lobão explicou que a entrada da fonte no certame vem com o intuito de diversificar as energias renováveis na matriz brasileira
Foto: Antonio Cruz/ABr
Cinco dias depois de o leilão de energia realizado pelo governo federal não ter comercializado um watt sequer proveniente da queima de carvão, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou na terça-feira 3 de setembro, durante a abertura do Brazil Windpower, no Rio de Janeiro, que a energia solar também será incluída no próximo leilão A-5, previsto para acontecer no dia 13 de dezembro.
Lobão explicou que a entrada da fonte no certame vem com o intuito de diversificar as energias renováveis na matriz brasileira. Além da solar, outra fonte que não estava inicialmente prevista mas também fará parte do A-5 de dezembro é a eólica. O anúncio foi feito na última semana de agosto pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O resultado considerado positivo pelo mercado do Leilão de Energia de Reserva (LER) - venda de 647 MW oriundos da biomassa (outra fonte limpa) - foi decisivo para a inclusão.
Na última semana de agosto, o MME já havia anunciado a presença da energia solar no leilão A-3, marcado para 18 de novembro, o que seria a estreia da energia solar no mercado.
Incentivo às renováveis
"O fracasso da indústria fóssil no leilão de energia realizado dia 29 de agosto serviu como exemplo para o governo perceber que as energias renováveis são competitivas e despertam interesse no mercado energético brasileiro", comemorou a organização não governamental Greenpeace.
Para Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, incluir a energia solar no leilão de dezembro é um sinal de incentivo às renováveis: “a fonte entra com mais chances no leilão A-5 [que prevê o fornecimento da energia contratada em cinco anos], em função do prazo maior de construção, já que se trata de uma tecnologia nova, em desenvolvimento”.
Segundo a terceira edição do relatório [R]evolução Energética, divulgado pela ONG em agosto, o Brasil tem potencial para chegar a 2050 com uma matriz energética com 66,5% participação de fontes renováveis, como vento, sol e biomassa - presença 47% maior do que a observada hoje.
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