As unidades de conservação marinha somam 1,5% no país.
Foto: Bruno Covas
O Sétimo Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC) reuniu mais de mil congressistas para debater a criação e o planejamento das unidades de conservação do Brasil. A intenção dos profissionais é buscar a aproximação com o setor econômico na proteção dos remanescentes naturais.
As "águas" ganharam atenção especial durante o encontro, que foi realizado no final de setembro e durou cinco dias, no Centro de Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte. Com o tema Áreas Protegidas: um oceano de riquezas e possibilidades, os estudiosos avançaram nos debates sobre as unidades de conservação nas zonas marinha e costeira, que atualmente somam 1,5% no país. Até 2020 devem alcançar o equivalente a 10%.
"Pela primeira vez, tratamos das unidades de conservação marinhas com mais profundidade. Essa é uma questão que realmente nos preocupa porque temos poucas áreas protegidas e muitas ameaças", relatou a presidente do evento, Malu Nunes.
A conservação da biodiversidade foi analisada incluindo o contexto social e econômico dos países e das comunidades onde elas estão inseridas. Com o objetivo de melhorar o quadro das unidades, durante o evento foram apresentados 119 trabalhos técnicos sobre a temática.
"Esperamos que as discussões e reflexões provocadas nesse congresso sejam disseminadas e sirvam de inspiração para mobilizar as organizações e a sociedade na busca de alternativas viáveis nos âmbitos ambiental, social e econômico em favor da proteção da biodiversidade, das áreas protegidas e da mitigação das mudanças climáticas", frisou Malu.
Segundo a presidente do evento, a conservação de unidades marinhas tem sido uma preocupação da Fundação Grupo Boticário desde 2009, quando ela se antecipou às discussões globais na tentativa de desenvolver pesquisas e estudos sobre essas áreas. "É um desafio, mas estamos atentos para encontrar soluções e propor mecanismos que contribuam com a conservação deste sistema", pontuou.
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