Cuidar da continuidade da vida pode e deve ser praticado por homens e mulheres
Foto: CSS/Divulgação
Por Suenia Sousa*
Cuidar é a atitude essencial feminina. Basta uma rápida lembrança da evolução da mulher ao longo dos tempos para percebermos sua grande capacidade de ampliar essa habilidade nata para os mais diferentes contextos e força para assumir o seu papel de protagonista nas inúmeras (r)evoluções diárias.
Ela conquistou o papel de trabalhadora, empresária e profissional em muitos setores, e seus cuidados se tornaram incríveis ferramentas para melhor entender e atender pessoas, seja como clientes, colegas ou equipes. O “cuidar” é o diferencial que faz da mulher, a cada dia que passa, agente fundamental das melhorias nas comunidades, na vida pública, na intervenção por melhores condições de bem-estar, em relação aos cenários econômico, político, de justiça, cultural, ambiental.
Sua vocação de estar conectada em diferentes áreas, simultaneamente, com afeto, comprometimento e atenção é condição determinante para se compreender a sustentabilidade no sentido de perpetuação da vida.
Segundo pesquisadores e especialistas, a vida é uma rede complexa de diferentes sistemas interconectados e dependentes entre si. É preciso ter o olhar e a capacidade de somar conhecimento, informações e percepções para tentar compreender e solucionar os problemas e conflitos do mundo atual.
Superpopulação, crises econômicas, desigualdades sociais, alta produção de bens de consumo, escassez acelerada de recursos naturais, geração excessiva de resíduos, impacto crescente das atividades humanas no planeta, mudanças climáticas. Em meio a este turbilhão de fatos e consequências inquestionáveis, há muita gente que simplesmente ligou o piloto automático e não está percebendo – ou prefere não perceber - as diferenças que já estão ocorrendo na qualidade de vida, independente de onde viva.
Agir baseado na sustentabilidade, hoje, significa muito mais do que preservar os recursos naturais. Significa reconstruir as atividades humanas de modo a permitir a continuidade da vida. Assim como as mulheres sempre fizeram: cuidando das pessoas e do bem-estar da sociedade atual e das futuras gerações, mesmo estando em plena turbulência.
Reconstruir, no entanto, não significa voltar a modelos do passado. Devemos produzir, consumir, estudar, viajar, nos divertir, usufruir do conforto tecnológico, porém sem deixar de nos preocupar com a qualidade da vida. Precisamos conciliar tudo o que existe para o bem-estar ao nosso alcance.
Políticos, empresários, trabalhadores e cidadãos têm um grande exemplo a ser seguido: o cuidado inerente às mulheres pode ser um primeiro passo rumo à sustentabilidade.
Esperamos que o Dia Internacional da Mulher sirva para também gerar esta reflexão. Cuidar da continuidade da vida pode e deve ser praticado por homens e mulheres. A sustentabilidade depende do envolvimento de todos, pessoalmente, em relação ao próximo, à sociedade e ao planeta, em todas as atividades que fizermos. Basta ter isto em mente para termos atitudes sustentáveis.
*Suenia Sousa é gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade.
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