A desigualdade persiste mesmo quando há crescimento econômico/Foto: Fotos Gov/Ba
As desigualdades entre as áreas rurais e urbanas da América Latina são "severas" e os territórios rurais estão atrasados no acesso à saúde, educação e oportunidades de emprego. A análise está em um relatório lançado em 24 de abril, com o apoio do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Ifad). O documento "Pobreza e Igualdade 2011: América Latina" traz dados de 10 países, incluindo Brasil, Chile, Peru e Guatemala.
Segundo o estudo, no Brasil a pobreza foi reduzida de 36,4% para 25,8% entre 2005 e 2008. Mas no mesmo período, aumentou a diferença anual do Produto Interno Bruto (PIB), por habitante. As 1,272 localidades rurais com pior acesso à água e saneamento no país abrigam 8% da população e os municípios mais atrasados em relação ao fim do analfabetismo têm 9% dos habitantes. Além disso, os municípios com a maior taxa de analfabetismo tem 71% da população autodefinida como pertencente aos povos originários e afrodescendentes.
O documento ainda destaca que a desigualdade persiste mesmo quando há crescimento econômico. Outra conclusão é a de que as localidades com os piores indicadores são as menos populosas.
México
No México, quase 60% da pobreza extrema estão concentrados em áreas rurais. De acordo com o relatório, nos 10 municípios mais ricos do país, a média de ganho per capita é de US$ 32 mil (ou quase R$ 60 mil), enquanto nas localidades mais pobres, é de apenas US$ 603 por ano.
O Ifad lembra que a América Latina é considerada a região mais desigual do mundo. O relatório foi elaborado pelo Centro Latino-Americano para o Desenvolvimento Rural.
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