Ativistas do Greenpeace abrem banner com a mensagem "A Falta de água começa aqui" em área recém-desmatada na Amazônia
Foto: © Marizilda Cruppe/Greenpeace
Ativistas do Greenpeace protestaram na quinta-feira, 9 de abril, no sul de Roraima, pelo fim do desmatamento. A região foi destruída recentemente, segundo eles. O grupo estima que 4 mil hectares tenham sido desmatados no estado, nos últimos seis meses. No protesto, eles colocaram em uma área de mata queimada e destruída uma faixa com a frase "A Falta de Água Começa Aqui".
A ideia, de acordo com panfletos distribuídos, é alertar que, ao desmatar a Amazônia, há interferência de forma “extremamente negativa” no ciclo da água. Lembraram que enquanto a floresta é desmatada, a Região Sudeste passa por uma grave crise hídrica, com os reservatórios registrando níveis baixos de água e prejudicando o abastecimento.
Dados do Greenpeace ressaltam que saem da Floresta Amazônica, todos os dias, 20 bilhões de toneladas de vapor de água para a atmosfera, umidade que forma os "rios voadores". Eles são levados com o vento para outras regiões do Brasil e interferem na formação das chuvas.
Campanha
O protesto faz parte da campanha pelo fim do desmatamento no Brasil. A organização informou que, em expedição de monitoramento, comprovou a derrubada de grandes extensões de floresta na região da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, além de queimadas e extração de madeira.
“A retirada de madeira costumar ser o primeiro passo no ciclo de destruição da floresta. Geralmente, o que acontece depois é a remoção da mata por completo para abrir espaço para outras atividades econômicas, como pecuária e soja”, citou o Greenpeace.
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