Parque Eólico Alto Sertão I, em Caetité (BA), município que também receberá o complexo Alto Sertão II, juntamente com outras três cidades baianas
Foto: Manu Dias/Secom-BA
Um complexo em que a energia produzida através dos ventos será capaz de abastecer cerca de dois milhões de habitantes. Assim é o Alto Sertão II, cujas obras de instalação de 15 parques eólicos nos municípios baianos de Caetité, Guanambi, Igaporã e Pindaí começaram na quarta-feira, 5 de dezembro.
O empreedimento na região da Serra Geral (Sudoeste baiano) faz parte do plano de expansão da Renova Energia, conta com investimento de R$ 1,4 bilhão, geração de 1,3 mil empregos diretos e terá capacidade instalada de 386,1 megawatts - energia suficiente para abastecer uma cidade com cerca de dois milhões de habitantes, ou, ainda, 74% da atual população de Salvador.
Serão 320 aerogeradores para geração de energia - os equipamentos foram importados da multinacional norte-americana General Eletric (GE) por R$ 820 milhões. "Estamos com o contrato já fechado para o fornecimento dos equipamentos", afirmou ao jornal A Tarde o diretor de meio ambiente da Renova Energia, Nei Maron.
Os primeiros seis parques serão entregues em setembro de 2013, enquanto os nove restantes em março de 2014. "Vamos atender fielmente os prazos estabelecidos", prometeu Maron. O complexo eólico é resultante de dois leilões de energia realizados em 2010 e 2011, nos quais a empresa arrematou 167,7 megawatts e 218,4 megawatts, respectivamente - o potencial energético que será gerado já está comercializado para atender ao mercado regulado.
Alto Sertão I e transmissão
Já o complexo Alto Sertão I, inaugurado pela Renova em julho, ainda não distribui a energia que gera em seus parques por conta de atrasos na construção da linha de transmissão entre Igaporã e Bom Jesus da Lapa, sob a responsabilidade da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco).
Em razão do problema, o governo federal tem um prejuízo semestral de cerca de R$ 100 milhões, por força de contrato, pagando por uma energia que não está sendo consumida. Em novembro, o governo baiano e a Chesf assinaram um termo de cooperação para agilizar a implantação das linhas de transmissão, cujos licenciamentos têm sido os entraves.
Contudo, para o diretor da Renova, os atrasos da Chesf não devem se repetir nas linhas de transmissão que vão atender a Alto Sertão II. "As informações que temos é que a estrutura de transmissão e subestações estarão prontas no período correto."
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