No evento, Ban e Malala responderam a perguntas de vários jovens
Foto: Mark Garten/ONU
As Nações Unidas começam a marcar nesta semana os 500 dias para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs). O conjunto de oito metas foi adotado pelos líderes mundiais no ano 2000, e segundo o secretário-geral, trata-se de um "mapa ambicioso para combater a pobreza, a fome e doenças, proteger o meio ambiente e melhorar a saúde, a educação e o empoderamento feminino".
Na sede da ONU, Ban Ki-moon lançou um plano de ação até o final de 2015, quando expira o prazo de cumprimento das metas. Ao falar na segunda-feira, 18 de agosto, para 500 jovens, ele agradeceu a presença de uma jovem em especial. O secretário-geral disse que a ativista paquistanesa Malala Yousafzai é "uma filha das Nações Unidas" e, por isso, era muito bem-vinda.
O chefe da ONU lembrou que o mundo está passando por várias tensões políticas, conflitos sangrentos, emergências de saúde e abusos de direitos humanos.
Brasileira
Mas Ban disse ainda haver esperança, por isso ele encoraja ações e investimentos para o cumprimento das Metas do Milênio.
No evento, Ban e Malala responderam a perguntas de vários jovens, como a da brasileira Ana Cristina Oliveira, que enviou uma questão via Linkedin. Ela quis saber como qualquer cidadão pode fazer a diferença.
Ban Ki-moon afirmou que todos os jovens são importantes e disse que apenas com os gestos de economizar água ou apagar as luzes ao sair de casa, por exemplo, mais de 1 bilhão de pessoas sem acesso à água ou à energia podem ser beneficiadas.
Educação
Durante o evento na sala do Conselho de Tutela, a paquistanesa Malala Yousafzai contou que seu sonho é ver todas as meninas do mundo frequentando a escola.
A estudante disse que advogar pela causa é a maneira mais rápida com que pode contribuir para a meta da educação universal, além de conversar com os líderes mundiais para que invistam na área.
Malala relembrou visitas que fez este ano a um campo de refugiados sírios na Jordânia, a comunidades no Quênia, na Nigéria e em Trinidad e Tobago, promovendo a educação para todos.
Sorrindo, a jovem garantiu que apesar da agenda cheia, ela também estuda, tem provas e até trouxe a lição de casa para fazer enquanto está nos Estados Unidos.
(Via Leda Letra, da Rádio ONU)
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