Ban Ki-moon esperava documento mais ambicioso na Rio+20

O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e a presidenta Dilma Rousseff participam da primeira reunião plenária da Rio+20/Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, afirmou na quarta-feira, 20 de junho, que esperava que a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) tivesse um rascunho de documento final mais ambicioso. Ele acredita, no entanto, que ainda é possível que os chefes de Estado e de governo que participam do evento, no Rio de Janeiro, “desempenhem seu papel de cidadãos globais e analisem as questões de maneira mais integrada e abrangente”.“As negociações foram muito difíceis e lentas devido às ideias conflitantes, aos anseios e interesses próprios de cada país. Mas esse não é um fim, é apenas o início de muitos processos que estão por vir. São os líderes mundiais que podem decidir, eles que têm vontade política e precisam ir além dos interesses nacionais e de grupos específicos”, destacou Ban, durante entrevista coletiva, no Riocentro, Zona Oeste do Rio de Janeiro.Ainda segundo o secretário-geral da ONU, um dos legados mais duradouros da Rio+20 será seu potencial catalisador de mudanças globais. Ele fez um alerta aos líderes globais sobre a necessidade de agirem com urgência para mudar os rumos do planeta. O secretário-geral da ONU chegou ao Rio de Janeiro para participar da cúpula de alto nível da Rio+20, após viagem ao México, onde esteve presente na reunião do G-20. Esta é a quarta vez que Ban Ki-moon vem ao Brasil desde que assumiu a chefia da ONU, em 2007.Dilma assume presidência da conferênciaAo assumir na quarta-feira (20) a presidência da Rio+20, a presidenta Dilma Rousseff reconheceu que há desafios a enfrentar, mas observou que o Brasil e o mundo têm condições de vencer as dificuldades e promover o desenvolvimento sustentável.“O compromisso da agenda do desenvolvimento sustentável é complexo e urgente. Não tenho dúvidas de que estamos à altura dos desafios que nos impõem”, ressaltou Dilma.A abertura oficial da conferência está marcada para as 16h, com discursos de Dilma e Ki-moon. Outros líderes presentes no evento, como François Hollande (França) e Fernando Lugo (Paraguai), também poderão discursar por cinco minutos.Com informações da Agência Brasil EcoDesenvolvimento.org - Tudo Sobre Sustentabilidade em um só Lugar.