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Baratas podem ser futuro da produção de etanol, revela pesquisa

Já pensou em abastecer seu carro com álcool produzido por baratas? Isso mesmo! O inseto conhecido pela sua resistência e por seus hábitos nada higiênicos já é usado por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro para fabricar etanol.

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12/11/2012 às 9:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:06 - há XX semanas
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Enzimas especializadas no sistema digestivo das baratas podem ajudar na obtenção do etanol
Foto: Sxc.hu

Já pensou em abastecer seu carro com álcool produzido por baratas? Isso mesmo! O inseto conhecido pela sua resistência e por seus hábitos nada higiênicos já é usado por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para fabricar etanol.

A variada alimentação das baratas vem da capacidade de "moldarem" sua digestão. Quando uma nova alimentação é inserida, em dez dias, em média, ela começa a produzir uma série de enzimas especializadas para quebrar o novo alimento.

Os pesquisadores acrescentaram a cana-de-açúcar ao cardápio variado das baratas, que comem desde restos de comidas até cadáveres. A ideia é usar as enzimas do inseto para degradar o bagaço de cana e, com isso, obter açúcares, cuja utilidade pode vir a ser a produção de etanol.

Estão sendo utilizados na pesquisa dois tipos de baratas; a Periplaneta americana, espécie mais comum, encontrada em esgotos e escondidas nas casas; e a Nauphoeta cinerea, um tipo de barata da América Central, mas que já pode ser encontrada em diversos lugares do globo.

Segundo o professor Ednildo de Alcântara Machado, do Instituto de Biofísica da UFRJ, as baratas foram capazes de sobreviver por mais de 30 dias somente com o bagaço da cana.

Ele afirma que a pesquisa, por enquanto, encontra-se nas etapas de condicionar as baratas para consumir o bagaço e de identificação das enzimas especializadas. O etanol ainda não foi obtido. "Não é uma coisa distante", explicou Machado ao G1. "Mas as etapas têm que ser trabalhadas em conjunto. Não sei dizer quando [vai ser produzido]", observou.

Mas o pesquisador adiantou que algumas enzimas do sistema digestivo da barata já foram identificadas e agora estuda a forma de retirar partes do DNA delas que definem a produção destas substâncias, capazes de degradar a biomassa em escala industrial.

Produzir etanol a partir das enzimas das baratas pode diminuir a necessidade de se plantar cana-de-açúcar. De acordo com Machado, esse é o maior ganho ambiental, pois o corpo das células da planta seria aproveitado sem precisar plantar mais cana.

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