Os indícios apontam que a Economia Verde realmente veio para reestruturar o modo como as bases econômicas da sociedade são pensadas. A corrente orientou a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que contrariou as expectativas na tentativa de delimitação do conceito. Até o momento, a definição mais amplamente aceita foi cunhada pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), sendo considerada aquela que promove a melhoria do bem-estar humano e da igualdade, e, ao mesmo tempo, reduz significativamente os riscos ambientais.
Quem quiser se debruçar sobre o tema para entender a fundo o conceito, porém, já tem de onde partir. O Portal EcoD listou cinco leituras obrigatórias disponíveis gratuitamente na internet para os interessados em se aprofundar na temática. São livros, relatórios, coleções e cartilhas que irão te ajudar a entender melhor os rumos que a economia mundial está tomando, mostrando diversos lados, indicadores e soluções. Conheça:
- Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza - Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar emprego decente e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta. A afirmação foi feita pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para marcar o lançamento da versão final deste relatório. O documento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que é resultado de um esforço global de pesquisa de três anos envolvendo centenas de especialistas, confirma que um investimento de 2% do PIB global em 10 setores-chave da economia é o necessário para iniciar uma mudança da atual economia marrom, poluente e ineficaz, para uma economia verde, de baixo carbono. A versão completa está em inglês, mas você encontra aqui um resumo com as principais conclusões em português.
- O Estado do Mundo 2012 – Anualmente, o WorldWatch Institute lança o relatório ‘Estado do Mundo’. A 28ª edição do documento, elaborada especialmente para a Rio+20, auxilia os leitores a entender o panorama atual do mundo em que vivemos e as soluções para chegarmos ao desenvolvimento sustentável. Além de explicitar os assustadores números do desastre ecológico para qual o mundo caminha, como sempre faz, o relatório trouxe um compilado de artigos de especialistas do mundo todo para novos enfoques sobre o desenvolvimento sustentável no século 21. Outra novidade do relatório são as soluções para o Decrescimento (degrowth em inglês) setorial, considerado pelos organizadores como tendência. Um pequeno panorama do estado do mundo nesse intervalo de 20 anos - que separou a Eco92 da Rio+20: a população global pulou de 5,4 bilhões para 7 bilhões de habitantes e o PIB mundial triplicou, de 28 trilhões de dólares para 78 trilhões de dólares. Baixe gratuitamente aqui.
- Economia Verde: Desafios e oportunidades – A edição temática da revista Política Ambiental, publicação da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil), traz 18 artigos de especialistas de diversos setores da sociedade que apresentam caminhos para a transição no Brasil e no mundo rumo a um modelo de crescimento econômico mais inclusivo e liderado por setores de baixo impacto ambiental. Entre os autores, estão os professores da Universidade de Brasília Eduardo Viola e Donald Sawyer, o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Peter May, o pesquisador do Ipea Ronaldo Seroa da Motta e o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Carlos Eduardo Frickmann Young. A publicação conta ainda com a participação de representantes do Pnuma, da Cepal, do Pnud, do Ministério do Meio Ambiente e do setor privado. Leia aqui a versão em português, mas a publicação está disponível no site da CI ainda em espanhol e inglês.
- O Lado B da Economia Verde - A cartilha produzida em parceria da Fundação Heinrich Boell com a Repórter Brasil demonstra ceticismo em relação ao conceito. Logo na introdução, a publicação argumenta que “a adoção de mecanismos de produção menos poluidores deve ser compensada financeiramente, é um contrasenso se a ideia é combater as mudanças climáticas. Porque, em muitos casos, é tudo uma questão de compensação: quem polui demais, em vez de reduzir os danos (o que sai muito caro), paga (mais barato) para que outrem polua ou desmate menos e as contas se equilibrem no zero a zero. Economicamente, todos ganham... menos o clima e o meio ambiente". Para os autores, a valoração econômica dos serviços sistêmicos da natureza cria um choque com o direito humano ao meio ambiente. Saiba mais aqui sobre a publicação.
- Coleção de Estudos sobre Diretrizes para uma Economia Verde no Brasil – Composta de doze volumes, a coletânea, que reúne escritos de especialistas em diversas áreas, pretende expor as principais barreiras para implementação da Economia Verde no Brasil e sugerir diretrizes para a implantação deste novo modelo de desenvolvimento. Organizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), sob a coordenação do engenheiro Walfredo Schindler, os doze estudos foram lançados em maio de 2012, a propósito da Rio+20. A coleção já teve 18 mil volumes distribuídos e 200 cópias da coleção foram entregues ao Ministério do Meio Ambiente para serem distribuídos em todos os setores do governo. Conheça no site da FBDS os volumes da coleção.
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